quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tancredo Neves

No seu discurso de posse como Presidente de República em 15/03/1985, Trancredo Neves teria dito:

"Temos construído esta nação com êxitos e dificuldades, mas não há dúvida, para quem saiba examinar a história com isenção, de que o nosso progresso político deveu-se mais à força reivindicadora dos homens do povo do que à consciência das elites. (...) A pátria dos pobres está sempre no futuro e, por isso, em seu instinto, eles se colocam à frente da história".

"A legislação sindical brasileira se encontra envelhecida. (...) A unidade sindical não pode ser estabelecida por lei, mas surgir naturalmente da vontade dos filiados. (...) Os sindicatos não podem submeter-se à tutela do governo nem subordinar-se aos interesses dos partidos políticos".

"Já vivemos, nas grandes cidades brasileiras, permanente guerra civil (...). É natural que todos reclamem mais segurança nas ruas, e é dever do Estado garantir a vida e os bens dos cidadãos. Essa garantia, sabemos todos, não será oferecida com o aumento do número de polícias, ou com a multiplicação dos presídios. É muito mais fácil entregar ferramentas aos homens do que armá-los, e muito mais proveitoso para a sociedade dar pão e escola às crianças abandonadas, do que, mais tarde, segregar adultos criminosos. A história nos tem mostrado que, invariavelmente, o exacerbado egoísmo das classes dirigentes as tem conduzido ao suicídio total".

"Temos de ampliar o mercado interno, o único com que podem contar permanentemente os empresários brasileiros. Não se amplia o mercado interno sem que haja mais empregos e mais justa distribuição da renda nacional".

O trecho acima tirado da Coluna de Elio Gaspari na Folha de São Paulo de hoje (21/04/2010).


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