segunda-feira, 25 de abril de 2011

Márcia Barbosa, a chef do "Mais Você"

Nádia Schiavinatto é jornalista, editora da Gazeta do Povo Online, considerado o maior jornal do Paraná.

No dia 21 de abril ela publicou, no seu prestigiado Blog “Conversa Temperada”, uma entrevista com a Márcia Barbosa.

Você pode ler a matéria no link http://www.gazetadopovo.com.br/blog/conversatemperada/, ou mais abaixo na transcrição que fiz:

Ela está lá, mas você não vê. Ela está por trás de cada prato apresentado por Ana Maria Braga, no “Mais Você”, exibido na RPC TV, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 10 horas. A chef carioca Márcia Barbosa, que comanda a cozinha no programa há apenas quatro meses, enfrenta diariamente, junto com a equipe de culinária, o desafio de fazer receitas curiosas, fáceis de preparar, com algum diferencial e que prenda a atenção dos telespectadores.

Todas as receitas que vão para o ar são provadas e aprovadas pela apresentadora em uma degustação semanal. São aproximadamente dez sugestões, entre sobremesas, petiscos e pratos.


A rotina de Márcia começa bem cedo. Acorda às 4 horas e às 5 horas já está no Projac, na zona oeste do Rio, onde o programa é realizado, para comandar a equipe da culinária composta de oito pessoas. O trabalho vai até umas 18 horas, mas não termina aí. A tarefa ainda requer muita pesquisa diária. “Muitas vezes alguém da equipe leva uma receita e, conversando com todos na cozinha, chegamos a um resultado completamente diferente do original e muito melhor. Quando chego em casa, pesquiso em livros, revistas, assisto a programas na TV a cabo. A internet também é ótima fonte de inspiração, mas não executo as receitas como leio, porque esse é o nosso desafio – meu e da equipe, ou seja, tornar receitas comuns em especiais e com o perfil do programa, acessíveis a todas as donas de casa do Brasil, que é tão diferente em regiões e culturas”, explica a chef.



Márcia trocou os tubos de ensaio pelas panelas. A alquimia, no entanto, permaneceu. O interesse pela gastronomia surgiu quando cursava Química Industrial, na PUC-Rio. Ela conta que nas viagens que fazia com os amigos era sempre ela quem preparava os almoços e jantares, além dos churrascos.


“Conversava com minha mãe e pedia que ela me ensinasse pratos que fazia e que eu gostava. Após concluir o curso de Química, estudei Gastronomia na Estácio de Sá, e desde que entrei no curso, não larguei mais a culinária”, conta.


A chef, que está há 11 anos na profissão, passou por vários restaurantes no Rio e fez curso na Itália, revela que a rotina da culinária do programa é bastante diferente do que tinha antes do “Mais Você”. “É diferente, mas não foi difícil. Achei até que fosse mais, mas tive a sorte de ter a colaboração de muita gente no programa que fez com que tudo ficasse mais fácil, em especial a produtora da culinária, Daniela Meira, e a assistente de estúdio, Maria Ribeiro. Elas me receberam muito bem e me apoiaram sempre.”


Além do “hummmmmmm” da apresentadora, a chef revela que seu melhor momento na cozinha é quando, na degustação, Ana Maria elogia a equipe e aprova todas as preparações. “É ótimo porque nos dedicamos muito, pesquisamos e testamos muitas receitas para chegarmos àquelas da degustação. Então quando ela aprova é gratificante e recompensador. Outro momento importante é quando a culinária entra no ar, ao vivo, e tudo sai perfeito, porque o tempo é curto e tudo tem que dar certo em tão pouco tempo e ao vivo.


Leia a entrevista completa


Tive o prazer de conhecer a chef Márcia Barbosa tomando uma cervejinha gelada num dia quente no Rio de Janeiro. Uma empatia imediata. Divertida e muito simpática, é uma pessoa simples, como toda a equipe do “Mais Você”. Trocamos receitas e e-mails para a entrevista que você confere abaixo:


Por que você optou pela gastronomia? Estudou onde e há quanto tempo se dedica à culinária? Fez algum curso antes da gastronomia?


Comecei a me interessar pela Gastronomia quando ainda cursava Química Industrial, na PUC-Rio, nas viagens que fazia com os amigos era sempre eu quem preparava os almoços e jantares, além do churrasco, preparação indispensável nestes momentos. Conversava com minha mãe e pedia para que ela me ensinasse a fazer arroz, farofa, lombinho, comidas que ela fazia e que eu gostava para que eu pudesse fazer nas viagens. Depois de concluir o curso de Química, estudei Gastronomia na Estácio de Sá, Campus Tom Jobim, na Barra da Tijuca e desde que entrei pro curso não larguei mais a culinária, desde 2000.


Qual foi a sua maior influência para a escolha da profissão? O gosto pelo cozinhar veio da mãe, da avó, do pai, de quem?


Acho que o gosto pelo cozinhar veio em parte da família, porque além da minha mãe, meu padrinho e alguns tios e tias, tanto por parte de pai quanto por parte de mãe, todos gostam de cozinhar. Minha avó paterna também adorava agradar a todos então, quando íamos visitá-la, comíamos verdadeiros banquetes, tudo muito simples, mas muito gostoso. Como canceriana, gosto muito de agradar os amigos e à família, assim como minha avó, então comecei a buscar receitas, comprar e assinar revistas, assistir programas de culinária, e, em especial, sem bajulação, os de Ana Maria Braga, quando ela começou na Globo.


Quais restaurantes você já trabalhou?


Meu primeiro emprego na área de gastronomia foi no Restaurante 00 (zero zero), no Planetário da Gávea, com a chef Milene Rodrigues, uma paulista que me ensinou os primeiros passos, juntamente com a mãe dela. Lá aprendi a preparar pães caseiros, algo que hoje adoro fazer. Foi um período curto, uns 4 meses, mas muito proveitoso. De lá passei a trabalhar no Azzurra, na Barra da Tijuca, no Shopping Rio Design Barra, onde comecei como ajudante e saí três anos depois como subchefe, depois de ter aprendido muito com toda a equipe, em especial com o chef Euclides e os colegas Chicão e Antônio de Lima, que me ensinaram muito mesmo e com quem até hoje mantenho contato. Mesmo com o Antônio, que voltou a morar com a família na Paraíba, nós éramos muito próximos no trabalho e nos tornamos grandes amigos. De lá me tornei sócia em uma fábrica de massas, mas senti falta da cozinha e voltei a trabalhar como chef no restaurante Seu Ilha, na Ilha de Guaratiba, restaurante de uma amiga e que inauguramos há dois anos e quatro meses. O Seu Ilha é motivo de muito orgulho pra mim, porque apesar de pequeno e distante dos bairros "gastronômicos" do Rio, produzimos tudo lá, desde os pães até as massas e sobremesas e temos sido muito elogiados pelo cardápio diferenciado e saboroso.


Foi para o exterior para fazer algum curso? Como foi a experiência por lá?


Fiz um curso rápido na Itália, no ICIF ( Italian Culinary Institute for Foreigners), mas maravilhoso. Fui com meu pai, que não frita um ovo, mas é um grande incentivador de tudo que eu faço. Lá conheci Ermelindo Tuzzatto Filho, meu ex-sócio na fábrica de massas que também é um visionário, porque ainda lá ele me disse que eu seria uma grande chef um dia, e foi ele quem me colocou no Azzurra, ou seja, me ajudou muito e continua ajudando...

Você comanda quantas pessoas? Como é esse trabalho em equipe?


Comando hoje uma equipe de oito pessoas e como lidamos com pessoas, sempre temos que usar a psicologia e jogo de cintura, porque lidamos com várias personalidades e estamos em um programa de televisão, na Rede Globo, com Ana Maria Braga, ou seja, lidamos com egos inflados algumas vezes. Hoje nossa equipe está unida e tenho muito orgulho de fazer parte dela, mas temos que fazer pequenas reuniões sempre porque senão as pessoas se acomodam e o trabalho não flui como deveria. É um exercício diário assim como a criação de receitas.


Qual receita, neste tempo que você está no programa, que mais bombou?


É uma escolha difícil, mas acho que foi o Escondidinho de Maracujá (um bolo de chocolate recheado com mousse de maracujá), Pão Alemão e o Frango Sem Mistério.


Como surgem os novos pratos? As ideias vêm de onde?


As idéias vêm de muita pesquisa de toda a equipe e de muitos testes feitos por todos na cozinha.


Recentemente a presidente Dilma Rousseff esteve no Mais Você. Como foi preparar o almoço para a presidente?


Foi inacreditável! Trabalhar ao lado do chef Alessandro Segato foi um prazer e um enorme aprendizado, cozinhar para a presidente foi uma honra e um momento inesquecível na minha carreira. Trabalhamos muito, mas tudo correu bem e muito profissional. Foi maravilhoso!


Quais são os chefs que você admira?


Adoro o chef canadense do programa “Receitas de Chuck”, Alex Atala e Claude Troisgros. Acho que todos eles trabalham com amor e procuram trabalhar com o que as pessoas gostam e não pensando em inovar ao extremo, esquecendo o que realmente importa: sabor, aparência e o prazer da comida.


Quais ingredientes que não podem faltar na sua cozinha? Quais os seus preferidos?


Eu adoro ervas frescas, em especial o tomilho, e carnes. Não podem faltar na minha cozinha alho, azeite e tomate. Adoro estes ingredientes.


Qual o prato que você mais gosta de fazer?


Adoro um churrasco! Como uma boa carioca, sou carnívora, amo uma carne mal passada, mas também tenho um fraco por massas e quanto mais simples melhor, como um bom espaguete alho e óleo, ou só na manteiga de ervas, um ravióli de ricota e espinafre na sálvia, coisas simples, mas bem feitas e com bons ingredientes.


E quando não está na cozinha, gosta de fazer o quê?


Gosto de estar com meus amigos, tomando uma cerveja bem gelada, batendo papo, fazendo um churrasquinho ou vendo jogo de futebol. Como ex-atleta, sou fanática por esportes e uma flamenguista roxa.


E quando está em casa, gosta de cozinhar?


Gosto e, quando não estou cozinhando, estou pensando em comida, receitas, pesquisando na internet ou curtindo meus três lindos cachorros: Chopp, Dóris e Frajola, que adoro.


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mortes estúpidas - de novo

Neste Blog, em 31 de agosto de 2009 publiquei o artigo "Mortes Estúpidas" que pode ser lido no link:
http://bloguidoval.blogspot.com/2009/08/mortes-estupidas.html.


O texto foi escrito em 19/10/2005. Mandei-o a parentes amigos, por e-mail.

Estávamos às vésperas do REFERENDO sobre ARMAS DE FOGO. Infelizmente fui voto vencido.

Mas a cada dia que passa fica mais convencido que "armas de fogo" só servem à estupidez humana, aos gananciosos fabricantes e aos ladrões de gravata e pés-de-chinelo.

Hoje, na "Escola Municipal Tasso da Silveira", Bairro Realengo, Rio de Janeiro um "maluco" matou e feriu diversas crianças.

Por volta do meio-dia, os jornais informavam que haviam 11 mortos e 18 feridos.

Não tivesse este infeliz a posse de uma arma de fogo, vidas seriam salvas.