quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Marcus Nogueira - AUTOBIOGRAFIA


Marcus Nogueira - AUTOBIOGRAFIA

O conterrâneo Marcus Nogueira escreveu a AUTOBIOGRAFIA “MINHA VIDA – Uma Vida com Desafios Vale a Pena ser Vivida”. O livro foi lançado em 2018.
Ele é filho de Maria do Carmo Baldi Nogueira (Juiz de Fora) e do Mario Martins Nogueira, que era conhecido em Guidoval pelo apelido de Governo, ambos já falecidos.
O seu pai, Mário, descendia de uma Família tradicional da nossa cidade. Vou recordar dos seus tios:
Sô Ita (Olinto Martins Nogueira), açougueiro, muito querido por todos que o conheceram; Dona Geralda, mãe do Toninho do Açougue, torcedora fanática do Vila Nova (Vai-quem-quer – Campo do Bambu); Dona Neném, mãe do Miguel (toureiro) e Genorinho (lateral por muitos anos do nosso glorioso alvinegro Cruzeiro); Sô Fizinho (avô do Wagner do Bar da Esquina); Dona Ilda, esposa do Sô Lau, cujos dotes culinários passou às filhas; Dona Nega, esposa do fazendeiro Ibraim Gonçalves.
         Agora, em janeiro fui presenteado com um exemplar do livro do Marcus Nogueira, que li com interesse e até me emocionei com algumas passagens, uma vez que meu pai, Zizinho do Marcílio, foi amigo do seu pai e tios. Viveram e conviveram infância, mocidade e vida adulta. Tempos duros e difíceis.

A seguir, tentarei fazer uma síntese.

É um livro honesto, franco, direto, corajoso, onde Marcus expõe a sua vida sem censura ou restrições. Ele é um exemplo de que se pode vencer na vida, conquistar e realizar os seus sonhos, mesmo vindo de origem humilde, o importante é a boa criação, os exemplos, princípios éticos, morais e religiosos.
Marcus nasceu em Guidoval em 08/07/1954. Ainda criança seus pais mudaram para Juiz de Fora, onde seu pai chegou a ter três açougues.
Aos 10 anos, em 1965, foi Coroinha na Igreja Senhora da Glória em Juiz de Fora. Tempo de missa rezada em latim. Aos 11 anos num acidente, ao atravessar uma pinguela escorregadia, caiu com a bicicleta dentro um córrego, uma vala de esgoto, perdendo vários dentes.
         Em 1967, foi estudar no Seminário São Clemente em Congonhas do Campo.
Em 1969, devido aos revezes econômicos, seus pais mudaram para Volta Redonda. Marcos teve que interromper os estudos no seminário e ajudar o pai no açougue. Aos 16 anos, apenas um rapazinho, tomava conta, sozinho de um açougue do pai.
Mas novas dificuldades financeiras obrigaram o seu pai a se desfazer dos dois açougues que possuía e retornar para Juiz de Fora. Dessa vez, Marcus continuou em Volta Redonda.
Em 1972, teve o primeiro emprego com carteira assinada, sob o regime CLT, numa empreiteira que prestava serviços à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Depois ainda trabalhou, como Auxiliar de Escritório, numa oficina mecânica.
Em 1973, através de concurso, ingressou na CSN, a maior indústria siderúrgica do Brasil e da América Latina, e uma das maiores do mundo.
Em 1974, aos 20 anos, retomou os estudos, fazendo Supletivo do Ginásio e, paralelamente inicou um Curso Técnico, mesmo sabendo que precisava do Diploma do Ginásio.
Mesmo ainda fazendo supletivo de ginásio e do científico prestou vestibular para três cursos: Administração de Empresas, Economia e Engenharia Civil, todas particulares. Passou em todos.
Escolheu Engenharia Civil e em 1977 iniciou o curso na Fundação Oswaldo Aranha (FOA). Conseguiu crédito educativo, que deveria ser reembolsado em cinco anos, com dois de carência. Trabalhando, em regime de turno, estudando em faculdade particular, em cinco anos formou-se em Engenharia.
Por esta época conheceu Angélica, com quem se casou em 07/01/1978. Têm duas filhas Vivian (Engenheira Civil) e Vanessa (Jornalista).
Formou-se em 1981 e em 1982, sem grandes perspectivas de ser aproveitado como engenheiro na CSN, saiu da empresa e foi trabalhar na empreiteira CONTRAP de São Paulo, onde trabalhou por quatro anos prestando serviços à PETROBRAS.
Em 1986 a Mendes Júnior o chamou para trabalhar. Saiu de uma empresa, de nível médio, para a maior construtora do Brasil, à época, Ficando na empresa até janeiro de 1996.
Mas dentro do rapaz irrequieto existia um espírito empreendedor e criou a sua própria empresa, de consultoria, para colocar em prática a experiência adquirida ao longo do tempo.
Criada no papel em 1992, em 1996 surgiu, de fato, a “Mano Engenharia e Consultoria Ltda” (Mano Consulting).
E mesmo enfrentando as várias crises pelas quais o país passou nestes últimos anos, a empresa consolidou-se no mercado, tornando-se respeitada e requisitada para serviços de Gerenciamento de Projetos e Obras, Auditoria, Consultoria nas áreas Financeira, Trabalhista e Tributária, Gestão em Processos Internos.
Tem inúmeros clientes. Citarei alguns: Alcoa, Andrade Gutierrez, Caixa Econômica Federal, Camargo Correa, Carrefour, Colégio Santo Agostinho, Energisa, FIAT, Gerdau, Petrobras, Pif-Paf, CSN, Walmart, Toshiba, Usiminas.
Em síntese, a “Mano Consulting” é uma empresa organizada para atuar com excelência e reconhecido "Know-How" na prestação de serviços especializados.
Mesmo com tantos compromissos profissionais, Marcus sempre encontra tempo para os Amigos, a Família, o Lazer. Gosta de esportes radicais, pratica rapel, faz trilhas, “trekking”, “off road”. Já saltou de paraquedas.
         Um dos últimos sonhos realizados, pelo Marcus, foi possuir um vinhedo na Argentina, no Vale del Uco,  na região de Mendonza, onde produz o seu vinho, uvas Malbec, ao qual ele deu o nome de “D’Vino”. Ao vinhedo ele deu o nome de Lucca, nome do seu primeiro neto.
No livro, tem ainda depoimentos da ex-esposa Maria Angélica Nogueira (arquiteta e poetisa), das filhas Vivian e Vanessa, das irmãs Rita e Merenice e do sócio Aloysius Alves Guimarães.
Religioso, católico, um homem de fé, Marcus construiu em sua residência uma singela Capela em homenagem à Nossa Senhora do Carmo.
Acredito que é esta religiosidade, além da criação austera dos seus pais, Mário e Maria do Carmo, que foram e são responsáveis pela formação do cidadão Marcus que soube superar e vencer as adversidades, sem nunca perder a esperança e o otimismo.
Foi muito bom conhecer um pouco da história de vida do Marcus Nogueira. Recomendo a leitura do livro.
(escrito por Ildefonso Dé Vieira – 30/01/2019)




sábado, 19 de janeiro de 2019

BODAS DE ESMERALDA /RUBI


BODAS DE ESMERALDA /RUBI

No dia 19/01/1972, portanto há 46 anos, a Marta Ribeiral me convidou para o seu aniversário que seria comemorado em Cataguases, onde ela residia à época.

Infelizmente não pude ir. Neste exato dia eu tive que ir ao Colégio Agrícola de Rio Pomba pegar um atestado confirmando que eu havia terminado o Curso de Técnico Agrícola.

Necessitava deste documento, pois no dia seguinte, cedinho, parti para Belo Horizonte em busca de trabalho. E como ainda não estava registrado o diploma, eu precisava de pelo menos uma “declaração escrita” do Colégio para que eu pudesse me apresentar às empresas como o IBC, ACAR (hoje EMATER), Itambé, CAMIG, etc...

Mas prometi à Marta que no próximo ano eu iria no seu aniversário, estivesse onde eu estivesse, eu comparecia aos festejos da sua data natalícia.

Mundo girou, uns 366 dias, pois 1972 era bissexto. E no dia 19 de janeiro de 1973 eu estava trabalhando na CEMIG na cidade de São João del Rei. Fui contratado em 09/08/1972 para executar serviços na área de eletricicação rural.

E como promessa é para ser cumprida, pedi ao meu chefe para me dispensar na parte da tarde, de uma sexta-feira, para honrar o compromisso firmado.

Uma epopéia. Tive que pegar um ônibus de São João del Rei a Juiz de Fora. Depois outro para Leopoldina. E como não tinha mais horários de ônibus para Cataguases, peguei um táxi que me deixou na residência do casal Roberto da Cunha Benini e Marta Ribeiral por volta das 21 horas.

A festa estava animada. Marta, a anfitriã, recebeu-me com o seu sorriso cativante e disse “sabia que você tinha voz, agora sei que tem palavra”. Ela já contava que eu não iria aparecer no seu aniversário.

Foram gratos momentos, reencontrando com o amiguirmão José Maria de Matos, a saudosa Dona Lourdes Ribeiral e os filhos Olga, Meire, Alexandre e Lourdes.

Presentes o casal Consolação Magalhães e Sebastião Mendes de Carvalho, músico criativo, que na falta do seu trombone ou acordeon, fez-se ritmista, usando uma tampinha de garrafa sob a sola de seu sapato, tirando sons imitando um afoxé, acompanhando-me ao violão.

Marília, amiga da Marta, cantava desinibida “o gato preto cruzou a estrada” sucesso do momento na voz de Ney Matogrosso do “Secos & Molhados”.

E o mundo foi girando. Seis anos depois, no dia 19/01/1979 casei-me com a Lourdes. A irmã Marta e o então marido Roberto foram testemunhas num cerimônia simples realizada na residência da Matriarca Dona Maria de Lourdes Magalhães Ribeiral, uma segunda mãe em minha vida.

O tabelião que dirigiu a solenidade, vestindo uma faixa presidencial, atravessada sobre o peito, exigiu-me que eu usasse um paletó. Como o único que eu tinha, estava na república em que eu morava, fazia parte do terno que seria usado no dia seguinte no Sacramento do Matrimônio, fiz uso do paletó emprestado pelo Roberto Benini.

E hoje, casamento civil, amanhã casamento religioso completam 40 anos.

Dizem que é Bodas de Esmeralda, outros alegam Bodas de Rubi. Só sei que tive muita sorte em minha núpcias com a namorada, amiga, companheira e amante Maria de Lourdes Ribeiral Vieira que ainda me presenteou com a querida filha Thaís Ribeiral Vieira Condessa.

Ô SORTE!!!