quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Jésus Ribeiro


Abaixo um vídeo durante a Eleição para Governador do Estado de Minas Gerais no dia 15/11/1986.

Em frente à casa da Professora Aracy Franco Ribeiro discutem sobre o Plano Cruzado: Jésus Ribeiro, Wallace Azevedo, José Maria de Matos, Francisco Pinto de Aguiar, Joaquim (Alaor Martins).

Estávamos durante a vigência do Plano Cruzado que se transformou num verdadeiro estelionato eleitoral elegendo vários candidatos do PMDB.

O Brasil pagou caro por mais este engodo eleitoral.

É o preço da DEMOCRACIA, muito mais barato do que uma cruel DITADURA.


Receita da D. Ida Marotta Meireles

O Plínio do Dr. Mário Meireles além de veterinário, músico e bom amigo é um excelente cozinheiro.

Muito do que aprendeu da arte culinária foi com a sua mãe: Dona Ida Marotta.

Recebi, recentemente, um e-mail dele com uma foto onde está todo paramentado aprontando mais um prato delicioso.




Não sei qual prato preparou, mas pela pose dele deve ter sido uma obra prima.

Aproveito e escrevo abaixo uma receita que a Dona Ida preparava com primor.

OVOS QUEIMADOS
(Receita da D. Ida Marotta Meireles)


Ingredientes:
  • 2 dúzias de ovos (+/- 1.600gr)
  • gr de açúcar cristal
  • 100 gr de queijo parmesão ralado
  • 1 litro de leite

Modo de Fazer:
Derreter o açúcar em calda e adicionar os ovos já batidos, misturando bem para homogeneizar. Depois de bem misturado, mexer de vez em quando para dar oportunidade de a mistura se queimar, adquirindo um tom amarronzado. À medida que a mistura vai secando e esfarelando, adicionar um pouco de leite, o que se repetirá até atingir uma cor marrom escuro e úmida, mas não muito pastosa, quando deverá então ser misturado o queijo ralado.

Observação:
Como toda receita trabalhada pela primeira vez, esta deve contar com a observação de quem a estiver elaborando. Provavelmente na segunda ou terceira vez ficará confirmada a experiência do confeiteiro.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Jornal Saca-Rolha - Edição 133


Saca-Rolha

Edição Nº 133 (Dez/2009)

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domingo, 20 de dezembro de 2009

Tributo: é melhor doar do que pagar

O artigo abaixo foi publicado no JORNAL DE GUIDOVAL, Edição Nº 29 de Nov/2007.

Ele está no Site de Guidoval e agora eu o reproduzo no BLOG.

Tributo: é melhor doar do que pagar

Pagar
IMPOSTO é uma praga, castigo. Está no Aurélio, o dicionário: “feito aceitar ou realizar à força”, e ainda; “tributo exigido, independentemente da prestação de serviços específicos, ao contribuinte”. É o que os governos fazem. Cobram, fiscalizam, recebem, mas pouco, ou quase nada, retribuem ao cidadão.

Pagamos impostos como se morássemos na Noruega e recebemos em troca obras e serviços como se fôssemos o Reino do Butão, um pobre país da Ásia. Nem pretendo fazer neologismo.

E os governos são pródigos e criativos quanto a criar impostos, tributos, taxas, serviços, tarifas, contribuições, algumas provisórias que se transformam em definitivas. Temos aí a famigerada CPMF a me confirmar.

Por impostos muito menores que os atuais, Tiradentes, mártir da independência, liderou a Conjuração Mineira. Enforcaram-no em 1792 e o enforcariam de novo, mil vezes, se preciso fosse. Governos gostam de impostos e muita grana para gastar em mordomias e corrupção.

Era a DERRAMA, apenas o QUINTO (20%) sobre o ouro extraído. Hoje a alíquota do Imposto de Renda chega a 27,5%. No Brasil, entre impostos, taxas e contribuições contabilizam-se uns 65.


Há quem diga existir mais. Não duvido.

Alguns deles são nossos velhos conhecidos como os IMPOSTOS “IPTU, IPVA, ICMS, ISS, IPI, ITR, IOF, ITBI”, ou as CONTRIBUIÇÕES “FGTS, INSS, COFINS, PIS, PA-SEP, FUNRURAL, INCRA” além de TAXAS como as de Limpeza e Iluminação Pública. Têm-se muito mais, falta-me espaço para relacionar todos.

Eles fazem parte do nosso dia-a-dia. Estão embutidos nos produtos que consumimos e nos serviços que utilizamos. Encontram-se no feijão, fubá, carne, aluguel, escola, energia elétrica, telefonia, cerveja, cigarro, cinema, internet, nos vícios, necessidades e virtudes. Na cama que dormimos, na mesa que almoçamos, nas viagens de férias, nas fantasias que sonhamos realizar.

Todos, empresários (pequenos, grandes e micros), comerciantes, agricultores, prestadores de serviço (todo mundo, sem exceção), são obrigados a cobrar muito mais pelos seus serviços ou produtos para compensar os inexoráveis impostos agrega-dos aos seus processos e atividades. É uma bola de neve, um círculo vicioso, cachorro correndo atrás do rabo.

Como não existem fórmulas para fugir dos impostos, principalmente o IMPOSTO DE RENDA descontado na fonte dos assalariados e aposentados, o jeito é buscar alternativas para torná-lo menos indigesto.

Foi o que fiz no ano passado. DESTINEI 6% (seis por cento) do meu IMPOSTO DE RENDA DEVIDO ao “Conselho ESTADUAL dos Direitos da Criança e do Adoles-cente”. A minha intenção era doar para Guidoval, mas à época ainda não tínhamos o “Conselho Municipal da Criança e do Adolescente”, criado em 21/12/2006. Os seus membros tomaram posse em março de 2007. É composto por ilustres e respeitáveis conterrâneos.

Abriu-se uma conta específica para o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Guidoval - FMDCA, na Agência do Banco do Brasil em nossa cidade. Assinam pela Conta o Padre Pedro Luiz da Silva, Presidente do “Conselho Municipal” e o Prefeito Municipal Élio Lopes dos Santos.

Eu já fiz a minha doação no dia 10 de dezembro.
É muito fácil.
O código do Banco do Brasil é “001”
Agência: 3826-1
Conta Corrente: 7.743-7.
CNPJ: 18.128.215/0001-58.


Estamos chegando a outro final de ano. A última data para fazermos doações dedutíveis no Imposto de Renda (Ano-Calendário 2007) é o dia 28 de dezembro. Ainda dá tempo de fazer a doação.

Em março quando formos fazer a Declaração de I.R. à Receita Federal, poderemos DESCONTAR integralmente o VALOR DOADO, desde que limitado, como já disse, aos 6% do Imposto Devido.

Caso alguém tenha alguma dúvi-da, o seu contador poderá esclarecê-lo melhor sobre o assunto.


Não importa o quanto você paga de Imposto de Renda, o importante é que você pode DOAR / DESTINAR, diretamente, para uma associação de nossa terra, evi-tando que uma parte de seu imposto escorregue pelos ralos, escaninhos e descami-nhos dos governos federal e estadual. O seu dinheiro será muito melhor aproveitado. Tenho certeza. Que o governo federal se contente com o muito que já recebe. E não é pouco não!

Alguns exemplos do Valor a ser DOADO


Se o seu IMPOSTO DEVIDO for de R$1.000,00 você pode DESTINAR R$60,00. Para quem paga R$10.000,00 o valor passa a ser de R$600,00 e se você recolhe R$100,00 pode doar R$6,00. Alguns poderão exclamar: “mas só seis reais!!!”. Reflito: “de seis em seis chega-se a milhão”. Sei que temos inúmeros guidovalenses que po-dem fazer esta simples doação ao nosso município.

Aproveito, a ocasião, para CONVOCAR e INCENTIVAR a todos guidovalenses e amigos de Guidoval para que façam a DOAÇÃO POSSÍVEL para Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Guidoval.

NOTA:
Agradeço ao Luiz Carlos Nogueira (Carlinhos), funcionário da Prefeitura, pelo empenho em regularizar a situação do FMDCA.



Recebe mais, quem doa (II)

Estamos em dezembro, tempo de fraternidade e conciliação. Aproxima-se o NATAL. O momento é de desculpar, relevar, ignorar, esquecer as desavenças do pas-sado e abrir uma nova página em nossa existência. A página do perdão. PERDOAR É DIVINO. Julgar, criticar, condenar, odiar é quase demoníaco. Escrevi numa de minhas músicas: “Só quem erra faz jus ao perdão”.

Continuo acreditando nessa premissa.

O NATAL é propício à reflexão e ao fortalecimento de princípios cristãos. De-vemos além das nossas boas intenções, desenvolver boas atitudes aos nossos atos. A solidariedade é um caminho.

Dentro desse espírito o “Jornal de Guidoval” busca promover mais uma boa causa, conclamando os nossos conterrâneos a DOAR “um quilo de alimento, ou até mais” à Sociedade São Vicente de Paulo. Ela, benemérita e conhecedora das neces-sidades de nossa gente saberá redistribuir aos mais necessitados.


Eu farei a minha parte, nada mais que a minha obrigação. Faça a sua também. Aliás, poderia ser até uma rotina constante, todo mês fazermos a doação de alimen-tos à Sociedade São Vicente de Paulo.

É sempre bom lembrar: “Fica sempre, / Um pouco de perfume/ Nas mãos que oferecem rosas”.

Aproveito este espaço para desejar aos nossos leitores, irmãos, amigos e concidadãos: “Um NATAL com CRISTO e que o ANO de 2008 seja o melhor de nossas vidas”.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Repasses: Critério MEIO AMBIENTE

REPASSE DOS VALORES DE ICMS E IPI EXPORTAÇÃO
SOMENTE NO CRITÉRIO MEIO AMBIENTE

Município --- Jan/Jun 2009 (R$)


Divinésia -------------> 112.619,90
Ervália----------------> 112.472,04
Tocantins--------------> 84.729,74
GUIDOVAL ----------> 74.875,06
São Geraldo ------------> 56.048,85
Guiricema -------------->46.326,64
Visc. do Rio Branco-----> 40.704,41
Miraí -------------------> 13.229,57
Rio Pomba-------------->10.810,54
Muriaé------------------> 9.624,08
Cataguases----------------> 923,33

Observação:
01 - Ubá, Rodeiro, Astolfo Dutra e Dona Euzébia não receberam estes recursos

FONTE:
Fundação João Pinheiro - Governo de Minas Gerais

e-mail de Rodrigo a Neuza Bandeira

Olá Neuza, boa tarde! Como vai?!

Fiquei feliz quando vi seu email. E fique a vontade para escrever sempre.

Não consigo garantir respondê-los no mesmo dia dado o volume de tarefas que tenho diariamente. Mas em algum momento, irei respondê-lo certamente.

Bom, sobre os assuntos em pauta:

a) Sobre canteiros da igreja: Já tinha conhecimento da conclusão sim. Ficaram bonitos, estão todos de parabéns. Principalmente pela iniciativa conforme falei no email ao Blog de Guidoval. Obviamente, agora vem a fase mais difícil que é a da manutenção. Mas certamente já pensaram nisso. Vi as fotos que me enviou. Obrigado!

b) Referente à Praça Major Albino: Entendo a preocupação de todos envolvidos. E tenho a mais tranquila e pura consciência de que a causa é muito nobre. E como não aguentamos ficar de braços cruzados, como os políticos costumam fazê-lo, resta-nos o impulso de agir. Também uma tentativa de mostrá-los o que é possível fazer com pouco recurso, mas com muita força de vontade e objetivo. Mas, insisto, tenham consciência de que não podemos nunca desobrigar quem tem o verdadeiro dever de fazê-lo.

Ex: O MEG é uma ONG ambiental. Mas a competência para cuidar dessas questões em Guidoval é da prefeitura amparada por Estado e União. Claro, Legislativo local também é responsável.

c) Sobre recursos repassados ao município pela União, você acessa por aqui:

http://www.portaltransparencia.gov.br

Sugiro que compare os valores recebidos por Guidoval com aqueles recebidos por municípios vizinhos. Claro que o repasse é limitado, daí a necessidade de boa administração. Bom, mas você mesma perceberá que não somos tão coitadinhos quanto parecemos. Falta mais logística de administração. A planilha em anexo é montada há vários anos pela Fundação João Pinheiro. Se o município não está recebendo recursos da ordem publicada lá, temos ainda mais motivos para nos indignarmos com nossos representantes (atuais e passados).

d) Sobre a possível desativação dos canteiros de borda da pracinha Major Albino e seu preenchimento com cimento, aí temos uma situação delicada. A ordem mundial hoje é caminhar no outro sentido. Descobrir a terra para que haja mais pontos de infiltração da água objetivando principalmente: 1) abastecimento de lençóis e 2) redução da vazão e possível assoreamento dos rios, contribuindo muito para a redução das enchentes. Na proposta que o MEG tinha pra 2002/2003 os canteiros de borda receberiam a "grama amendoim" (foto aqui: http://www.solostocks.com.br/img/grama-amendoim-forracao-186332z0.jpg) por termos detectado, naquela época, que o canteiro era escuro e úmido. Hoje não sei como está. Nas condições daquele tempo, seria difícil qualquer outra grama que não esta, se desenvolvesse pela falta de luz causada pela copa das árvores. Seu uso também foi justificado, à época, pelo poder de reter a terra no canteiro, minimizando que ela escorresse pelas passarelas durante chuva forte.

e) finalmente, o ICMS ecológico deveria ser aplicado para a manutenção, preservação e recuperação do meio ambiente. A constituição dá autonomia aos municípios para decidir sobre sua aplicação, conforme as necessidades locais. Esse é o grande erro. A autonomia é dada à prefeitura e aí ela pode não estar fazendo a coisa da forma mais correta. Por outro lado, já que ela deixa um certo grau de liberdade para o município decidir, existe, pois, um mecanismo para acionarmos o legislativo e tentarmos pleitear uma pequena fatia mensal aí e fiscalizar sua correta aplicação segundo interesse comunitário. Isso é o que se chama hoje, nas administrações modernas e de sucesso, de Orçamento Participativo.

Retomando, seria interessante que vocês cobrassem isso do legislativo e do executivo: Primeiramente quanto tem vindo de recurso? Onde está sendo aplicado e o por quê de estar sendo aplicado lá? Peçam pra buscarem esses valores para vocês. De posse disso, poderão negociar o que fazer, como fazer e quando. E cobrar mesmo. Precisamos ser um pouco mais imperativos ou Guidoval continuará minguando.

Finalizo dizendo que é possível fazermos muito ali, com pouco. Mas precisaremos ir solicitando também aos órgãos competentes toda forma de ajuda, porém sem nos esquecer de fazer isso de forma planejada, afinal os órgãos podem demorar para atender.

Sempre que precisarem de algo, envie-me email. Será um prazer contribuir, se eu conseguir e puder.

Abraço a todos. Especial pro Guilherme também que não o vejo há mais dois anos, penso.

Com a sua licença, estou enviando uma cópia deste email ao Dé, por ter sido através do blog que essa conversa tomou corpo.

Rodrigo.

* * * * *

Dicas (se é que já não pensaram):

- Não se esqueçam de colocar sempre o fator "educação ambiental" em voga.

Um exemplo: a proposta do MEG - mesmo porque era uma proposta maior - convocaria a população guidovalense para fazer o plantio das mudas, previamente distribuídas e destinadas a cada canteiro, em mutirão. Quem planta, cultiva o princípio de não voltar para depredar. Além de ajudar na manutenção.

- se precisarem fazer a substituição ou mistura de terras dos canteiros, solicitem parte do composto orgãnico produzido lá na Usina de Triagem de Lixo. Acredito que devam falar com o Oscar da Fatinha (morava ao lado da casa do ex-prefeito Lu).

Quanto ao seu manuseio, podem ficar tranquilos. Se estiverem feitos conforme o protocolo correto, ele poderá ser manuseado sem medo nenhum. Nosso composto era analisado periodicamente pelo laboratório LESA da UFV pra certificar de que não está contaminado.

- cuidado com as podas e retirada de arbustos. A intervenção em jardins públicos deve sempre ser autorizada pelo chefe do Executivo, além de ser seguida da licença e aval do IEF (Instituto Estadual de Florestas). Nossa prefeitura foi multada há pouco tempo pela poda simples de ávores aí na cidade. A legislação ambiental no país e, principalmente, em Minas é muito forte. Minas é exemplo nacional hoje. Portanto, fiquem atentos. Se houver denúncia, a polícia ambiental poderá multar vocês. Por melhor que seja a intenção de vocês de deixarem a praça linda.

- Quase sempre que o município consegue algum recurso via Caixa Econômica Federal, esta exige da prefeitura uma contrapartida que tenha um efeito pra comunidade. Por exemplo, de toda quantia de recursos, talvez sobre lá R$300 a R$1000 pra se investir no meio ambiente próximo à obra. Foi esse mecanismos que eu acionei em 2000 ( se não estou enganado) quando fui procurado pelo Carlinhos (contador) e o Zé Maria (trabalhava de carteiro na cidade naquela época).

A proposta foi preenchida na presença dos dois na minha casa. Foi assim que conseguimos, em 40 dias, o calçamento do bairro Pedra Branca. E da contra partida social, veio o recurso para pagar os gradios de proteção das árvores. É daí que saiu o recurso para a arborização do bairro.

O bairro é aquele ali onde mora (morava, não sei) o Marquinho Marota, com acessos pela avenida do Clube SER 66 ou pelo "morro do Sinval". Ainda com o recurso social, demos um curso sobre aproveitamente de talos e cascas na alimentaçao, paras as donas de casa do bairro. A contratação da instrutora também foi via o recurso social da contra partida. O curso aconteceu na Escolinha Antônio Barbosa.

e-mail de Rodrigo a Neusa Bandeira

Olá Neuza, boa tarde! Como vai?!

Fiquei feliz quando vi seu email. E fique a vontade para escrever sempre.

Não consigo garantir respondê-los no mesmo dia dado o volume de tarefas que tenho diariamente. Mas em algum momento, irei respondê-lo certamente.

Bom, sobre os assuntos em pauta:

a) Sobre canteiros da igreja: Já tinha conhecimento da conclusão sim. Ficaram bonitos, estão todos de parabéns. Principalmente pela iniciativa conforme falei no email ao blog de Guidoval. Obviamente, agora vem a fase mais difícil que é a da manutenção. Mas certamente já pensaram nisso. Vi as fotos que me enviou. Obrigado!

b) Referente à praça Major: Entendo a preocupação de todos envolvidos. E tenho a mais tranquila e pura consciência de que a causa é muito nobre. E como não aguentamos ficar de braços cruzados, como os políticos costumam fazê-lo, resta-nos o impulso de agir. Também uma tentativa de mostrá-los o que é possível fazer com pouco recurso, mas com muita força de vontade e objetivo. Mas, insisto, tenham consciência de que não podemos nunca desobrigar quem tem o verdadeiro dever de fazê-lo. Ex: O MEG é uma ong ambiental. Mas a competência para cuidar dessas questões em Guidoval é da prefeitura amparada por Estado e União. Claro, Legislativo local também é responsável.

c) Sobre recursos repassados ao município pela União, você acessa por aqui:

http://www.portaltransparencia.gov.br

Sugiro que compare os valores recebidos por Guidoval com aqueles recebidos por municípios vizinhos. Claro que o repasse é limitado, daí a necessidade de boa administração. Bom, mas você mesma perceberá que não somos tão coitadinhos quanto parecemos. Falta mais logística de administração. A planilha em anexo é montada há vários anos pela Fundação João Pinheiro. Se o município não está recebendo recursos da ordem publicada lá, temos ainda mais motivos para nos indignarmos com nossos representantes (atuais e passados).

d) Sobre a possível desativação dos canteiros de borda da pracinha Major e seu preenchimento com cimento, aí temos uma situação delicada. A ordem mundial hoje é caminhar no outro sentido. Descobrir a terra para que haja mais pontos de infiltração da água objetivando principalmente: 1) abastecimento de lençóis e 2) redução da vazão e possível assoreamento dos rios, contribuindo muito para a redução das enchentes. Na proposta que o MEG tinha pra 2002/2003 os canteiros de borda receberiam a "grama amendoim" (foto aqui: http://www.solostocks.com.br/img/grama-amendoim-forracao-186332z0.jpg) por termos detectado, naquela época, que o canteiro era escuro e úmido. Hoje não sei como está. Nas condições daquele tempo, seria difícil qualquer outra grama que não esta, se desenvolvesse pela falta de luz causada pela copa das árvores. Seu uso também foi justificado, à época, pelo poder de reter a terra no canteiro, minimizando que ela escorresse pelas passarelas durante chuva forte.

e) finalmente, o ICMS ecológico deveria ser aplicado para a manutenção, preservação e recuperação do meio ambiente. A constituição dá autonomia aos municípios para decidir sobre sua aplicação, conforme as necessidades locais. Esse é o grande erro. A autonomia é dada à prefeitura e aí ela pode não estar fazendo a coisa da forma mais correta. Por outro lado, já que ela deixa um certo grau de liberdade para o município decidir, existe, pois, um mecanismo para acionarmos o legislativo e tentarmos pleitear uma pequena fatia mensal aí e fiscalizar sua correta aplicação segundo interesse comunitário. Isso é o que se chama hoje, nas administrações modernas e de sucesso, de Orçamento Participativo.

Retomando, seria interessante que vocês cobrassem isso do legislativo e do executivo: Primeiramente quanto tem vindo de recurso? Onde está sendo aplicado e o por quê de estar sendo aplicado lá? Peçam pra buscarem esses valores para vocês. De posse disso, poderão negociar o que fazer, como fazer e quando. E cobrar mesmo. Precisamos ser um pouco mais imperativos ou Guidoval continuará minguando.

Finalizo dizendo que é possível fazermos muito ali, com pouco. Mas precisaremos ir solicitando também aos órgãos competentes toda forma de ajuda, porém sem nos esquecer de fazer isso de forma planejada, afinal os órgãos podem demorar para atender.

Sempre que precisarem de algo, envie-me email. Será um prazer contribuir, se eu conseguir e puder.

Abraço a todos. Especial pro Guilherme também que não o vejo há mais dois anos, penso.

Com a sua licença, estou enviando uma cópia deste email ao Dé, por ter sido através do blog que essa conversa tomou corpo.

Rodrigo.



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Dicas (se é que já não pensaram):

- Não se esqueçam de colocar sempre o fator "educação ambiental" em voga. Um exemplo: a proposta do MEG - mesmo porque era uma proposta maior - convocaria a população guidovalense para fazer o plantio das mudas, previamente distribuídas e destinadas a cada canteiro, em mutirão. Quem planta, cultiva o princípio de não voltar para depredar. Além de ajudar na manutenção.

- se precisarem fazer a substituição ou mistura de terras dos canteiros, solicitem parte do composto orgãnico produzido lá na Usina de Triagem de Lixo. Acredito que devam falar com o Oscar da Fatinha (morava ao lado da casa do ex-prefito Lu). Quanto ao seu manuseio, podem ficar tranquilos. Se estiverem feitos conforme o protocolo correto, ele poderá ser manuseado sem medo nenhum. Nosso composto era analisado periodicamente pelo laboratório LESA da UFV pra certificar de que não está contaminado.

- cuidado com as podas e retirada de arbustos. A intervenção em jardins públicos deve sempre ser autorizada pelo chefe do Executivo, além de ser seguida da licença e aval do IEF (Instituto Estadual de Florestas). Nossa prefeitura foi multada há pouco tempo pela poda simples de ávores aí na cidade. A legislação ambiental no país e, principalmente, em Minas é muito forte. Minas é exemplo nacional hoje. Portanto, fiquem atentos. Se houver denúncia, a polícia ambiental poderá multar vocês. Por melhor que seja a intenção de vocês de deixarem a praça linda.

- Quase sempre que o município consegue algum recurso via Caixa Econômica Federal, esta exige da prefeitura uma contrapartida que tenha um efeito pra comunidade. Por exemplo, de toda quantia de recursos, talvez sobre lá R$300 a R$1000 pra se investir no meio ambiente próximo à obra. Foi esse mecanismos que eu acionei em 2000 ( se não estou enganado) quando fui procurado pelo Carlinhos (contador) e o Zé Maria (trabalhava de carteiro na cidade naquela época). A proposta foi preenchida na presença dos dois na minha casa. Foi assim que conseguimos, em 40 dias, o calçamento do bairro Pedra Branca. E da contra partida social, veio o recurso para pagar os gradios de proteção das árvores. É daí que saiu o recurso para a arborização do bairro. O bairro é aquele ali onde mora (morava, não sei) o Marquinho Marota, com acessos pela avenida do clube SER 66 ou pelo "morro do Sinval". Ainda com o recurso social, demos um curso sobre aproveitamente de talos e cascas na alimentaçao, paras as donas de casa do bairro. A contratação da instrutora também foi via o recurso social da contra partida. O curso aconteceu na escolinha Ant. Barbosa.

Recado de Plinio Augusto de Meireles

Sem entrar na discussão sobre quem tem a responsabilidade de executar obras de embelezamento da nossa Guidoval, prefiro louvar a inciativa da Fatinha e da Lurdinha Bressam pois, ações voluntárias em qualquer atividade, como em hospitais, escolas, etc...., têm contribuído muito para solucionar problemas que os possíveis e prováveis responsáveis não enfrentaram.

Enviei uma pequena colaboração e voltarei a fazê-lo, acreditando que é mais fácil contribuir à distância do que enfrentar diretamente as obras como elas estão se propondo.

Só podemos elogiar e torcer pelo sucesso dessa empreitada e que elas encontrem outras pessoas que se disponham voluntariamente a ajudá-las.
Enquanto procuramos culpados algo pode ficar sem se realizar.

Plinio Augusto de Meireles

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

domingo, 13 de dezembro de 2009

Oh! Minas Gerais com Renato Teixeira

Praça Major Albino


Recebi informações que começou a reforma (revitalização) da Praça Major Albino.


Corte de árvores que já estavam secas, reconstrução dos canteiros que estavam todos quebrados, algumas podas e a partir de amanhã começará arrumar aquele muro que fica ao lado da antiga casa da Dona Beatriz, irmã do Padre Oscar.

Já conseguiram 10 sacos de cimento, a Lourdinha Bressan doou os tijolos e toda a cerâmica para fazer um mosaico no muro.





sábado, 12 de dezembro de 2009

Um guidovalense para se orgulhar


Postei a informação da campanha "Por uma Guidoval mais bonita" e repassei aos amigos e conterrâneos.


Minha lista é pequena. Tenho 262 e-mails cadastrados, entre guidovalenses e “neoguidovalenses”.

Considero “neoguidovalenses” todos os parentes e os amigos que compartilham comigo o amor que tenho pela terrinha que Guido Marlière adotou para viver e morrer.

Se um projeto é a favor de Guidoval: “tô dentro!”.


Quando tem alguma notícia que eu acho que possa ser de interesse coletivo mando e-mails aos amigos, conterrâneos e parentes. Nem sempre recebo respostas. Não me importo. Não busco respostas. O objetivo, na maioria das vezes, é apenas informar.


O último e-mail sobre "Por uma Guidoval mais bonita". Teve repercussão acima do normal. Recebi réplicas a “favor” e “contra’.


Alguns, até enfesados, que resumo a seguir:

“Não dou um tostão, isso é responsabilidade da Prefeitura. (...) (...) Eu deixo esses arroubos de falsa cidadania para os românticos!”


Para não comprometer o amigo, mantenho em sigilo a confiança em mim depositada ao desabafar a sua ignomínia.

Outro e-mail recebi do Artista Plástico Danilo Carvalho, hoje radicado na cidade de Tiradentes querendo saber:
“Quem é a Fátima que está com um projeto "Por um Guidoval mais bonito."



Respondo:
Fatinha é casada com o meu amigo Elísio Avidago Andrade e é filha do Antônio Euzébio Pereira (Tuninho Estulano) o maior artilheiro do Cruzeiro (preto-e-branco) Futebol Clube de Guidoval. Merecidamente ele recebeu o troféu “Bola de Ouro”, em 20/01/2007, como o melhor jogador de todos os tempos na promoção feita pelo JORNAL DE GUIDOVAL, quando da publicação da “REVISTA DO CRUZEIRO
(http://74.55.255.99/~jornalde/guidoval/Revista_do_Cruzeiro.pdf)


Outro e-mail, veio de um empresário, desesperado, que desabafou:

“Agradeço pela sua preocupação, mas estamos abandonados na zona rural ...
Pedimos socorro a prefeitura e nada fazem ...
É um absurdo o descaso ...
Temos oferta de terreno e galpão em São Geraldo ... Rodeiro ... Rio Pomba .... Visconde do Rio Branco .... Temos que aceitar a triste situação de que Guidoval está regredindo .
Não temos apoio nenhum ... São várias reclamações e nada ...
Gastaram R$103.000,00 em Torneio Leiteiro com apenas uma vaca de Guidoval, não valorizando os nossos produtores ...”


A este conterrâneo eu pergunto:
- O candidato a Vereador que você votou foi eleito? Se foi, peça-o para bem representá-lo.
Se não foi eleito procure os nove vereadores eleitos e faça as suas ponderações e reclamações. Exerça a sua cidadania.
Afinal você paga impostos e eles são muito caros.


Um outro e-mail é de quem ajuda e participa dentro do possível das causas em prol de Guidoval.

Eis a transcrição:

“Caro conterrâneo,
Deverei encaminhar algum valor para a finalidade proposta.
Como será feito para este caso um relatório, há alguns dias estava para lhe propor algo idêntico para o caso das contribuições enviadas para o Conselho Tutelar. No ano passado e este ano depositei um certo valor, por sugestão e interferência sua, quando nos mandou o número da conta a ser encaminhado o recurso.
Não o fiz no ano de 2007, pois quando recebi a sua sugestão naquele ano de 2007 já tinha feito meus depósitos para instituição daqui de Marília e não tinha como encaminhar mais recursos no final do ano (novembro/dezembro). Já estavam comprometidos e esgotados. Talvez, em verdade, mais esgotados que comprometidos.
Neste ano não recebí e-mail seu a respeito. A conta é a mesma? Usei o mesmo número de conta do ano passado.
Grato pela atenção.
Parabéns pelo seu trabalho por nossa querida Guidoval.”


Este conterrâneo que conheci primeiro através da internet e só depois pessoalmente, numa Festa de Santana, sinto-me orgulhoso em tê-lo como amigo e faço questão de nominá-lo.

É João Bosco da Costa Azevedo. Filho dos saudosos João da Costa Azevedo (sapateiro) e Adelaide Bressan (costureira ). Ele reside em Marília.

Mesmo distante de Guidoval, pois saiu muito jovem de nossa cidade, não a esquece e se dispõe a atos de generosidade e inteligência fazendo doação ao “Conselho Municipal da Criança e do Adolescente”.


Foi através do artigo “Tributo: é melhor doar do que pagar” publicado no JORNAL DE GUIDOVAL (Nº 29 - Nov/2007) que o João Bosco tomou conhecimento do nosso Conselho Tutelar e tem feito as suas doações.

Atendendo a sua solicitação consultei o Luiz Carlos Nogueira, eficiente funcionário da Prefeitura Municipal de Guidoval, que me informou:


“Dé,
Conforme solicitação, informo que os recursos estão depositados em conta bancária (Poupança).
Já compramos todos os equipamentos para a instalação do Conselho Tutelar de Guidoval. O saldo está em R$ 6.525,00, que você poderá me procurar na Prefeitura para lhe mostrar os extratos bancários.
Carlinhos.”


Prezado João Bosco e demais conterrâneos, informo ainda que o Conselho era presidido pelo nosso saudoso Padre Pedro que faleceu no dia 24 de novembro.


UMA PAUSA:
Neste instante, como cristão, eu peço aos que têm FÉ e acreditam em DEUS que façam uma prece pela alma do Padre Pedro.


CONTINUANDO:
O Carlinhos da Prefeitura me informou que Luiz Gomes assumiu a presidência com a morte do Padre Pedro.


Fazem ainda parte do Conselho: Célia Rodrigues Ramos Alvim, Luiz Carlos Nogueira, Joana D’Arc Faria Vieira, Herminio Pereira Coelho, José Gomes Teixeira, Elismar Vieira Coelho e Joana Carvalho de Souza.

Louvo aos que participam dos trabalhos sociais, serviços comunitários e coletivos, mas sempre haverão maledicentes para, de braços cruzados, jogar pedras e cizânia.

A campanha que ajudei a promover em 2007 floresce. Já vejo alguns frutos.

Muitos anonimamente contribuem como era o caso do João Bosco, que em boa hora, levantou questionamentos corretos e pontuais.

Aproveito que surgiu o assunto do Conselho para agradecer, neste espaço, ao amigo Paulo Afonso Schettini, companheiro de trabalho na CEMIG e nascido na pequena Muriaé.

Em dezembro do ano passado atendendo ao meu e-mail fez a sua DOAÇÃO ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Guidoval.

Com certeza muitos outros amigos e conterrâneos fazem, anonimamente, as suas doações. Não há necessidade de se divulgar.

Mas se eu ficar sabendo, tenho a língua solta e conto para todos os que quiserem me ouvir.

Mas, voltando aos outros e-mails.
O título deste POST é “Um guidovalense para se orgulhar”.

Poderia ser o João Bosco da Costa Azevedo. E em parte, o é.

Mas é o e-mail que recebi do Cientista-Doutor Rodrigo Marques de Oliveira que me fez postar estas informações.

Na Edição Nº 5 de janeiro/2003 o JORNAL DE GUIDOVAL (http://74.55.255.99/~jornalde/rodrigo_05.htm) informou:


Guidovalense brilha na USP

O nosso conterrâneo Rodrigo Marques de Oliveira apresentou, no dia 15 dezembro, no Instituto de Física da USP em São Carlos um trabalho de Pós-Graduação em nível de Mestrado.


O assunto, de forma popular, pode-se dizer que trata de “semicondutores fabricando LED’s que emitem luz no infravermelho”.



As aplicações mais comuns desses LED’s poderão ser em controles remotos, alguns alarmes residenciais e comunicação sem fio (WIRELESS).


A dissertação do físico Rodrigo foi aplaudida com entusiasmo pela banca examinadora, por se tratar de um trabalho inédito nessa área científica, não sendo encontrado no mundo nada idêntico.


Sob a orientação do Prof. Dr. Euclydes Marega Junior, o projeto de pesquisa teve o amparo da CAPES, que durou 30 meses. A USP investiu na montagem do laboratório Cinco Milhões de Reais.


O brilhante guidovalense busca agora fazer o doutorado sobre um BIO-SENSOR de forma a medir a uréia no sangue.


Para tanto, junto com a Profª Drª. Débora Gonçalves (grupo de polímeros), apresentou um projeto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e aguarda a sua aprovação. Busca-se, de imediato, obter concentração de moléculas no sangue, agilizando-se os resultados dos exames laboratoriais.


Numa visão futurista, tecnologia semelhante poderá empregada para identificar, por exemplo, o tamanho da cadeia de DNA (o famoso teste popularizado no Programa do Ratinho).


O jovem Mestre Rodrigo é um dos fundadores do Movimento Ecológico Guidovalense (MEG). Mesmo com a maior parte de seu tempo consumida por pesquisas, é Conselheiro atuante do MEG, defensor do meio-ambiente e das causas ecológicas.


Nossa reportagem o encontrou em sua residência elaborando um projeto de jardinagem e reurbanização da Praça Major Albino, escolhendo plantas e flores de forma a valorizar este recanto de nossa cidade.


Ainda acha tempo para manter, junto com o Prof. Evandro e Fabrício – seus irmãos, um site (www.vestibulandoweb.com.br) dedicado aos vestibulandos, um dos mais completos nessa área, tanto que tem um link dentro do site da TV Panorama.


Como podemos perceber o que o movimento "Por uma Guidoval mais bonita" agora se propõe, já era preocupação do jovem cientista Rodrigo em 2002.

Melhor ler o e-mail que ele me escreveu, na correria entre uma experiência e outra.

“Olá Dé,

Bom dia!

O email que segue será pontuado. Escrito à medida que eu for lembrando de alguns fatos.

Fico feliz que o povo ainda, mesmo que muito comedido, se manifesta.
Fico infeliz, por saber que novamente, são os de sempre. Um ou outro novato.

E repito a indagação que fiz ao Renato (jornal Saca-Rolha) pessoalmente há um mês aproximadamente: Cadê os novatos? Não se mobilizam mais?


Esmolamos candidatos para comporem e auxiliar nas modestas tarefas do MEG. Não há gente disposta a ajudar. No momento da reunião, talvez haja até uma manifestação maior.

Mas fica num "eu faço e aconteço" e só. Não percebo mais o envolvimento de poucos anos atrás. Tempo em que as pessoas se reuniam para fazer serenatas (no qual vc foi e é mister) e tantos outros grupos formados para um bem qualquer. Fosse ele um bloco de carnaval com as marchinhas, fosse a catação de latinhas para reciclagem em 1996 (primeira vez q aconteceu na cidade), fosse festival do Chopp e por aí vai.

Em compensação, todos têm tempo para ficar no Twitter, Facebook, Hi, Orkut, e afins. E repito uma frase que disse numa palestra que dei na USP e fui prontamente aplaudido: A inclusão digital, trouxe a exclusão social, percebida prioritariamente nas pequenas cidades do interior.


Obviamente, pq aqui (digo lá, em Guidoval) todos se conhecem, não há violência, deixamos casa aberta quando vamos ao armazém, etc. É uma pena. E jogamos no lixo o que temos de mais próprio, nossa identidade, referência que ouço em todo congresso. Opa, será em MG?

Muito bom, muitos doces e comida saborosos, povo hospitaleiro e gentil, papo agradável, e tantas outras coisas q nos enchem o peito por sermos mineiros.

Retomando, as idéias do MEG hoje são dificílimas de se implementar.


Falta mão de obra. Gente disposta a contribuir para melhoria da cidade,sem querer nada em troca, além de um ambiente mais social, humano e saudável. Pode soar pesado ouvir isso, mas é verdadeiro. Sei do esforço que eu pessoalmente fiz pra convencer ou tentar convencer tantos a fazerem algo em prol do meio ambiente local. Preciso convocar alguns guidovalenses pra conversar sobre isso. Para ter uma visão de outros ângulos. Como pôr gente nova e agregar valor. Fazer acontecer mais vezes. Temos muitos graduados em Guidoval hoje. E que estudaram em universidades públicas. Precisam dar a contra partida.

Um exemplo claro foi a proposta de revitalização que fizemos para a Praça Major Albino. O Doutor Daniel Amaral, filho da Auxiliadora, me auxiliou.


Estivemos juntos na praça levantando o que precisaria ser feito, em qual intensidade e quais espécies seriam plantadas para garantir maior beleza e facilidades de cultivo e manutenção; melhoria da iluminação, etc. A Rita Bressan esteve na praça comigo e Daniel algumas vezes discutindo.


Fabrício e Evandro, meus irmão se empenharam. Fizeram fotos. Redesenhamos os canteiros. Identificamos problemas. Apontamos soluções.


Você e Marcílio estiveram em minha casa para uma entrevista num dos dias em que eu estava selecionando as espécies, lembra-se disso? Vocês foram me entrevistar sobre a Defesa do Mestrado. Já caminha pra 6 anos.


Retomando, aquele projeto nunca saiu do papel. E outros tantos, registrados em ata, como a navegação pelo Chopotó durante a FESTA DE SANTANA também nunca saiu do papel. Faltaram recursos? Sequer foram pedidos.


Antes disso faltou gente pra fazer acontecer sem tirar proveito próprio.

Lembro-lhe que o MEG, pela idade adquirida e atividades realizadas, consegue pleitear valores razoáveis para execução de pequenos projetos.

Sejam eles projetos de 5, 30 mil ou mais. Mas precisamos de gente disposta a fazer a coisa corretamente, ajudar e que não sejam ansiosas.


Tenham a paciência de planejar, solicitar o recurso e aguardar 2 a 4 meses para o dinheiro sair. Pode ser visto como demorado, mas se planejado, tudo poderá acontecer a seu tempo. Trabalho com pesquisa de ponta e falo com propriedade sobre isso.

Sobre a proposta encaminhada aos poucos conversarei mais com um e outro.


Já me chegou por outros meios, sem que me explicassem exatamente o que pretendem e como pretendem.

Darei minha contribuição como sempre o fiz e farei força para que o MEG também o faça, seja facilitando a liberação de mudas nos viveiros oficiais do Estado, seja diretamente através de uma contribuição simbólica em espécie, se possível, de ambas as formas. Mas, insisto, é preciso que venham até a ONG, que vão à prefeitura, etc. Ir à prefeitura? Sim.


Guidoval recebe mais de 10 mil Reais para se investir em meio ambiente mensalmente há dezenas e dezenas de meses. Qualquer um tem acesso a este valor hoje em dia, através da própria internet. Pra onde tem ido esse dinheiro? Guidoval recebe essa quantia porque tem uma usina que cuida do lixo, porque tem uma Área de proteção permanente.

Recentemente (algo em torno de um mês) a prefeitura convocou algumas pessoas para formarem uma nova comissão para "lidar" com as questões ambientais. Digo nova, porque, ela própria (a prefeitura) se esqueceu que criaram o Codema lá pelos idos anos 2000. Novamente, ninguém do MEG foi convidado para esta nova comissão.


Codema = Conselho de Defesa do Meio Ambiente.

Desde então, o Codema tornou-se mais um mecanismo pra entrar mais recursos no município. E essa nova comissão provavelmente trará ainda mais. O que está acontecendo, por que tanta comissão, não sabemos.

Passou-se um ano praticamente da terrível enchente. O que mudou? Qual fatia desse dinheiro - que deveria obrigatoriamente ter sido aplicado em meio ambiente - foi usada para fazer alguma melhoria ou minimizar seus efeitos? De novo, vamos perder medicamentos na unidade de saúde caso o rio transborde?

Até hoje existem pessoas que não conseguiram reeguer sua casinha na Vargem Alegre. Onde está a Assistência Social prevista no direito constitucional? Se o dinheiro não voltou ao erário, então pra onde está indo?


Sobre as chuvas... Quer a previsão para este ano? A temperatura na zona da mata será superior a do ano passado e choverá acima do que choveu no ano passado. A previsão é para o trimestre: dezembro, janeiro e fevereiro. Não tem nada diretamente ligado ao tal aquecimento global.


Guidoval fica quase no limite da faixa de convergência do Atlântico Sul: o corredor de muita umidade que vem da Amazônia e deixa o país pelo sudeste.


Haverá nova enchente sobre a ponte? Há previsão para muito mais que isto desde o primeiro alerta em 2008. Meu bom senso de físico reza e considera que a chuva cairá bem distribuída e que nossos Chopotó, Paraíba do Sul, Muriaé, darão conta de escoar toda a água a tempo de evitar danos maiores. Que a chuva virá em maior volume, essa é a única certeza.

Quero deixar claro que não é uma crítica ao prefeito. O que critiquei em todo este email foi a falta de interação, atitude e descrença de todos.

Peço desculpas pelo email longo. E perceba que foi um email com pontuações,aparentemente desconexas. Mas que no fundo, costuram a falta de união, a falta de lembrança, interação,principalmente reivindicação.
Guidoval precisa reaprender isso.

Sempre cuidamos para que, em seus eventos o MEG convocasse Prefeitura, EMATER, bombeiros, policias, IEF, FUNASA e principalmente associações locais. Da Festa do Pombal à Festa do Guido, passando pelas análises de água do município. Por falar em lembrança....

Exemplo:

Você se lembrou de colocar o MEG no encarte quando lançou o CD. Não havia motivos para tal.


Você não o fundou. Nunca pertenceu à diretoria. Não ficaríamos tristes caso não o fizesse. Havia motivos sim. E nos orgulhamos muito. A impessoalidade, a vontade de fazer algo público, e não apenas em benefício próprio ou de uma minoria estava e está em você. Por isso, aconteceu dessa forma.

Bom, já divaguei demais. Peço desculpas pelo email-desabafo um pouco longo. E desculpas tb por possíveis erros de português já que estou escrevendo apressadamente enquanto aguardo o término de um experimento.
Abraço, Rodrigo.

PS:
A lista dos fundadores do MEG está na internet (no antigo site), no endereço provisório, sugestivo, permitido estatutariamente e hospedado sem cobrarem nada do MEG.

http://www.minhacidadelimpa.com.br/fundadores.htm


Como titulei o POST, não exagerei, pois o Rodrigo é “Um guidovalense para se orgulhar”.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

POR UMA GUIDOVAL MAIS BONITA


Abaixo, e-mail que recebi da amiga Fatinha, casada com o meu amigo Elísio Avidago Andrade.

Prezado Conterrâneo,

Estou repassando este e-mail para ajudar na divulgação do projeto "Por uma Guidoval mais bonita".

O projeto explica sobre a necessidade de melhoria visual da nossa cidade.

Para que possamos executá-lo necessitamos de ajuda financeira.

Não estipulamos quantia, caso queira colaborar, deposite o dinheiro na conta de Maria de Lourdes Bressan (responsável financeira ).
Banco do Brasil - Agência: 3826-1 - Conta: 37432/6.


Aguardo confirmação do benefício prestado e ressalto que a prestação de contas será enviada por e-mail .

Para qualquer dúvida me encontro à disposição. Meu telefone em BH (31) 3332-7412 e (31) 9866-1227, em Guidoval (32) 8459-5704.


Conto com a sua solidariedade.

Atenciosamente
Fátima de Oliveira Pereira Andrade

Junto ao e-mail veio o ANEXO:


PROJETO: POR UMA GUIDOVAL MAIS BONITA

Síntese: Um grupo de pessoas se envolverá, para que juntos e com apoio do executivo, legislativo, comércio, indústria , população,etc. possam fazer pequenos serviços de recuperação da Praça Sant”Ana( em frente a igreja) , Praça Major Albino, ajardinamento de terrenos baldios e promoção da arte urbana nos muros que cercam algumas posses das ruas de nossa cidade .

Justificativa:
- Despertar o interesse da população para que todos percebam que juntos podem fazer melhorias no aspecto físico de nossa cidade;
- Fazer com que pequenas atitudes transformem coisas corriqueiras( e feias) em algo que surpreende;
- Promover a arte urbana em áreas degradadas da cidade;
-Despertar e desenvolver a criatividade aos indivíduos, para que possam registrar suas idéias;
- Envolver toda comunidade visando total interatividade entre ambas, independentemente de visão política.

Objetivos:
- Melhorar a aparência física de Guidoval a baixo custo;
- Promover idéias para que cada indivíduo possa contribuir na solução de alguns destes problemas;
- Decorar espaços públicos, bem como conscientizar os alunos das escolas municipais e estaduais sobre a importância de não depredar esses espaços.

ENVOLVIDOS: Toda a Comunidade guidovalense

CONTEXTUALIZAÇÃO: Hoje, em Guidoval, existem vários terrenos baldios, muros sem pintura e pequenos espaços que merecem ser ajardinados. Além do executivo e legislativo, toda a população pode sim, fazer sua parte para que aconteçam pequenas melhorias na aparência de nossa cidade com um pequeno custo financeiro. Devemos assumir esta função nos colocando diante da sociedade como agentes capazes de interferir no processo de melhorias dela. Sabemos que existe um grande número de pessoas que sentem isso na pele e desejam ardentemente melhorar a poluição visual que Guidoval se encontra.

Diante deste pressuposto é que resolvemos investir neste projeto que visa melhorar aparência de nossa querida cidade.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Santíssima Imaculada Conceição de Maria

Hoje, 08 de dezembro, é consagrado à Santíssima Imaculada Conceição de Maria.

Em 1854, atendendo aos anseios mais profundos de toda a Igreja, o Papa Pio IX proclamou como dogma de fé a Imaculada Conceição de Maria.

Quase desde o seu nascimento, o Brasil vive sob o manto e o patrocínio de Maria Imaculada.

Nossa Pátria, filha e de certa forma obra-prima de Portugal, desde 1646 estava consagrada à Imaculada Conceição, pois naquele ano o Rei D. João IV, reunido com as Cortes gerais do Reino, consagrou Portugal e todos os seus domínios a Nossa Senhora da Conceição.

À mesma Padroeira Imaculada - sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida -o Brasil se quis devotar desde seus primórdios de nação plenamente emancipada.

Em 1904, a Imagem da Aparecida foi solenemente coroada, por mandado do Papa São Pio X, com uma coroa de ouro cravejada de 40 brilhantes que lhe fora oferecida pela Princesa Isabel.

E em 1930, atendendo a uma solicitação do Episcopado Brasileiro, o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora da Conceição Aparecida Padroeira Principal do Brasil.

Hoje é aniversário do meu irmão Marcílio Vieira e da minha sobrinha Camila Braz Ribeiral.

Que NOSSA SENHORA OS ABENÇOE, HOJE E SEMPRE.

FACUNDO CABRAL


NÃO ESTÁS DEPRIMIDO, ESTÁS DISTRAÍDO

Não estás deprimido, estás distraído, distraído em relação à vida que te preenche. Distraído em relação à vida que te rodeia: Golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.

Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando no mundo existem 5,6 Bilhões. Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me, o que algo fundamental para viver.

Não caias no que caiu teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria aos noventa. Só para citar dois casos conhecidos.

Não estás deprimido, estás distraído, por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não podes ser dono de nada. Além disso, a vida não te tira coisas, a vida te liberta de coisas. Te alivia para que voe mais alto, para que alcances a plenitude. Do útero ao túmulo, vivemos numa escola, por isso, o que chamas de problemas são lições. Não perdeste nada, aquele que morre simplesmente está adiantado em relação a nós, porque para lá vamos todos. Além disso, o melhor dele, é o amor,segue em teu coração.

Quem poderia dizer que Jesus esta morto? Não existe a morte: existe mudança. E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, Michelangelo, Whitman, São Agostinho, a Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditavam que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.

Faz apenas o que amas e serás feliz e aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando deve chegar, porque o que deve ser será, e chegará naturalmente. Não faças nada por obrigação nem por compromisso, apenas por amor. Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível. E sem esforço, porque és movido pela força natural da vida, a que me levantou quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha; a que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.

Deus te tornou responsável por um ser humano, e é tu mesmo. A ti deves fazer livre e feliz, depois poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros. Lembra-te de Jesus: "Amarás ao próximo como a ti mesmo". Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que estás vendo, é uma obra de Deus; e decide agora mesmo ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.

Aliás, a felicidade não é um direito, e sim um dever, porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os que te amam. Um único homem que não possuiu nenhum talento nenhum valor para viver, mandou matar seis milhões de irmãos judeus.

Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo. Temos para gozar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman, as músicas de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven, as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.

E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e as duas são boas; se a doença ganha te liberta do corpo que é cheio de moléstias: tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas... e se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido, portanto, facilmente feliz. Livre do tremendo peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente,.... como deve ser.


Não estás deprimido, estás desocupado. Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Aliás o serviço é uma felicidade segura como gozar a natureza e cuidar dela para aqueles que virão. Dá sem medida e te darão sem medida. Ama até que te tornes o ser amado, mais ainda converte-te no mesmíssimo Amor . E não te deixes confundir por uns poucos homicidas e suicidas, o bem é maioria, porém, não se nota porque é silencioso, uma bomba faz mais barulho que uma caricia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida.
Se Deus possuísse uma geladeira, teria a tua foto pregada nela. Se ele possuísse uma carteira, tua foto estaria dentro dela. Ele te envia flores a cada primavera. Ele te envia um amanhecer a cada manhã. Cada vez que desejas falar, Ele te escuta. Ele poderia viver em qualquer ponto do Universo, porém escolheu o teu coração. Enfrenta, amigo, Ele está louco por ti!

Deus não te prometeu dias sem dor, riso sem tristeza, sol sem chuva, porém prometeu força para cada dia, consolo para as lágrimas e luz para o caminho. Quando a vida te apresenta mil razões para chorar, mostra que tens mil e uma razões para sorrir. Não, .... não estás deprimido, ... estás distraído!

escrito por FACUNDO CABRAL

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ato Institucional nº 5 - 13.dez.1968


Lá se vão 41 anos.

Às 17h de 13 de dezembro de 68, o presidente Arthur da Costa e Silva reuniu, no palácio Laranjeiras, no Rio, 15 ministros, 7 oficiais generais e o vice-presidente, com a missão de decidir sobre o Ato Institucional nº 5.

O documento, composto por 12 artigos, acabava com o habeas corpus em crimes políticos, abria a possibilidade de decretar o recesso do Congresso por tempo indeterminado e punha fim às liberdades constitucionais de expressão e reunião.

No LINK abaixo lê-se e ouve-se toda a REUNIÃO que subsidiou a criação do famigerado AI-5.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/hotsites/ai5/index_ppal.html?var=site

Recomendo a quem se interessa pela história do nosso país que acesse o LINK acima.

# # # # # # #

O Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, marcou o início do período mais duro da ditadura militar (1964-1985). Editado pelo então presidente Arthur da Costa e Silva, ele deu ao regime uma série de poderes para reprimir seus opositores: fechar o Congresso Nacional e outros legislativos (medida regulamentada pelo Ato Complementar nº 38), cassar mandatos eletivos, suspender por dez anos os direitos políticos de qualquer cidadão, intervir em Estados e municípios, decretar confisco de bens por enriquecimento ilícito e suspender o direito de habeas corpus para crimes políticos. O ministro da Justiça, Gama e Silva, anunciou as novas medidas em pronunciamento na TV à noite.

Os primeiros efeitos do AI-5 foram percebidos naquela mesma noite. O Congresso é fechado. O presidente Juscelino Kubitschek, ao sair do Teatro Municipal do Rio –onde tinha sido paraninfo de uma turma de formandos de engenharia– foi levado para um quartel em Niterói, onde permaneceu preso num pequeno quarto por vários dias, sem roupa para trocar e nada para ler. O governador Carlos Lacerda foi preso no dia seguinte pela PM da Guanabara. Após uma semana em greve de fome, conseguiu ser libertado. Para driblar a censura, o "Jornal do Brasil" tenta dar a dimensão dos acontecimentos na sua seção de meteorologia:

"Previsão do tempo:
Tempo negro.
Temperatura sufocante.
O ar está irrespirável.
O país está sendo varrido por fortes ventos.
Máx.: 38º, em Brasília.Mín.:5º, nas Laranjeiras.
(Publicado no Jornal do Brasil, no dia seguinte à decretação do AI-5)

etc... etc... etc...