sábado, 28 de julho de 2018

Joaquim de Freitas Guimarães



Joaquim de Freitas Guimarães

Quem o vê andando pela cidade ágil, alegre, cumprimentando a todos, não imagina que ali vai um cidadão com mais de 80 anos e muitas histórias para contar.

Professor de Matemática, agricultor, granjeiro, pequeno fazendeiro, e principalmente, um grande contabilista

O seu escritório de contabilidade era uma verdadeira academia, especializada em formar cidadãos para o mundo. Por ela passaram vários amigos e contemporâneos.  

Citarei alguns de memória e ela célebre em esquecer reminiscências, me trairá, ocultando-me o nome de muitos dos seus aprendizes.

Mas não me furtarei a mencionar, pelo menos alguns, dentre eles: Álvaro e José Joaquim Nogueira, Virgilinho Luiz de Oliveira, José Mauro (Pescuma) e Valtinho Oliveira, Ludgero, Mateus, Marcos de Freitas, Luiz Pinheiro, Batista Geraldo, Paulo do Ferreirinha, Toninho da Dona Cecília, Pedro Dias, João do Laélio, Antônio Augusto (Brito) Rossi.

Pois é, todos citados acima, se tornaram “gente do bem”, graças aos ensinamentos recebidos em casa pelos pais, na Escola Mariana de Paiva, no Ginásio Guido Marlière e no escritório de contabilidade comandado pelo Professor Joaquim de Freitas Guimarães.

Nas eleição municipal de 1962 foi eleito vereador para 5ª Câmara, exercendo seu mandato de 31/01/1963 a 30/01/1967, sendo inclusive secretário.

Atento às leis para o bom exercício da sua profissão, o Joaquim de Freitas ficou sabendo, isto na década de 70, das alterações nas leis da Previdência Social. O cidadão poderia pagar as contribuições atrasadas e até aumentar os valores delas para fazer uma média maior para a aposentadoria.

Assim vários conterrâneos puderam se aposentar dignamente, alguns até com o teto máximo.

Tive o privilégio, em 1964, de ser seu aluno no Ginásio Guido Marlière. Ele não levava nenhum livro para a sala de aula. O Professor Joaquim de Freitas lecionava com a segurança de quem domina todo o conteúdo programático da sua matéria: Matemática.

Recentemente, no Bar da Esquina, proseando com ele me disse que o Contador tinha que ser também Advogado e Juiz de Paz, para mediar os conflitos entre as partes.

Casado com a Professora Célia Reis de Barros Freitas têm três filhos: Sérgio, Célio e Otávio.

E como todo pai orgulhoso falou-me dos filhos. Mostrou-me uma revista institucional da Operadora Oi onde Sérgio, filho mais velho, ocupa um cargo de destaque na empresa e foi homenageado na página central.

 Abaixo, fotos e documento de 1896 que o Joaquim de Freitas me forneceu.




terça-feira, 24 de julho de 2018

Vacinação proteção necessária para todos(Gilberto Magalhães Occhi)


Vacinação proteção necessária para todos
País não pode relaxar diante dessa responsabilidade
(Gilberto Magalhães Occhi - FSP de 24/07/2018)

Os governos têm a responsabilidade de proteger a população e, quando se trata de vacinação, o Brasil é reconhecido mundialmente pelo seu PNI (Programa Nacional de Imunizações). Nas últimas quatro décadas, as estratégias de vacinação organizadas pelo Ministério da Saúde, somadas aos esforços de estados e municípios, renderam ao país a eliminação de doenças graves, como o sarampo e a poliomielite, temidas por deixarem sequelas severas em crianças e adultos, além de, em muitos casos, provocarem a morte.
O sucesso histórico de vacinação tem provocado, em parte da população, inclusive pais ou responsáveis por crianças, até mesmo profissionais de saúde, a falsa sensação de segurança e relaxamento diante da responsabilidade de vacinar.
Nisso reside o perigo; é absolutamente falsa essa sensação de que não há mais necessidade de se vacinar. Portanto, o retrocesso nas coberturas vacinais deixa o país inteiro vulnerável a essas doenças.
O Brasil conseguiu mudar o perfil epidemiológico das doenças imunopreviníveis. Diversas ações deram à sociedade brasileira tranquilidade diante da erradicação da febre amarela urbana, da varíola, e ainda, a eliminação da poliomielite, rubéola e o sarampo. O país reduziu, também, a circulação dos agentes causadores de outras doenças consideradas gravíssimas como a difteria, o tétano e a coqueluche.
Recentemente, o surgimento de casos de sarampo em Roraima e no Amazonas acenderam um alerta. Mesmo sendo casos vindos da Venezuela, imediatamente todas as esferas de governo reforçaram os serviços de rotina e ampliaram as ações de controle da doença e prevenção de novos casos nesses estados.
Preocupam alguns baixos índices de cobertura vacinal que temos registrado em alguns estados brasileiros para diversas vacinas. O Ministério da Saúde fez um alerta sobre a vacinação da poliomielite, que apontava 312 municípios com cobertura vacinal abaixo de 50%. A pólio é uma doença já erradicada, e ficar abaixo dessa meta é um risco para todos, já que a doença pode voltar a circular.
O alerta é maior para os índices de crianças como público-alvo. Provavelmente, muitos pais ou responsáveis, por não terem vivenciado os anos de epidemia, desconhecem os riscos. Essas doenças matam ou deixam sequelas como surdez, cegueira, paralisia, além de problemas neurológicos que acompanham as crianças durante toda a vida.
O brasileiro tem hoje a cobertura anual de 19 vacinas muito seguras, oferecidas pelo Sistema Único de Saúde. A estratégia protege o cidadão e também impede a proliferação das doenças por diferentes regiões do Brasil. No calendário de vacinação do Ministério da Saúde, pessoas de todas as idades estão contempladas com vacinas que previnem e controlam as doenças imunoprevíniveis mais prevalentes.
Todos os anos são feitas campanhas para conscientizar a sociedade sobre a importância e necessidade de manter a caderneta de vacinação atualizada.
De 6 a 31 de agosto, o Ministério da Saúde realizará mais uma campanha de vacinação contra a poliomielite e contra o sarampo, destinada a todas as crianças menores de 5 anos. Além de Roraima e Amazonas, há registro de casos de sarampo em Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará.
O Brasil conta com a confiança e adesão da população, que ao longo dos anos tem respondido às convocações das campanhas, para manter em dia a caderneta de vacinação. Esse é um cenário que não pode ser mudado.

Gilberto Magalhães Occhi
Ministro da Saúde desde abril; ex-ministro das Cidades e da Integração Nacional (2014-2015/2015-2016, gestão Dilma)


quarta-feira, 4 de julho de 2018

”Luar do Sertão”, de Catulo e João Pernambuco

Conheça a letra completa de “Luar do Sertão”, de Catulo e João Pernambuco

(Tribuna da Internet - 04/07/2018)
(Paulo Peres - Site Poemas & Canções)

A letra de Luar do Sertão, um dos maiores clássicos da MPB, é muito extensa e nunca foi gravada integralmente. 
Foi o maior sucesso do poeta, compositor e cantor maranhense Catulo da Paixão Cearense (1863-1946), em parceria com o músico João Pernambuco. 
Eis a letra completa e original, extraída do livro “Minhas Serestas” de Loris R. Pereira, paginas 61/64.

LUAR DO SERTÃO
João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense
“Não há, ó gente, oh não,
Luar, como este do sertão. ”
(refrão)
Oh que saudade do luar da minha terra,
Lá na serra branquejando,
Folhas secas pelo chão,
Esse luar cá da cidade, tão escuro,
Não tem aquela saudade,
Do luar lá do sertão.
(refrão)
Se a lua nasce por detrás, da verde mata,
Mais parece um sol de prata,
Prateando a solidão,
E a gente pega na viola que ponteia,
E a canção é a lua cheia,
A nos nascer no coração.
(refrão)
Quando vermelha, no sertão desponta a lua,
Dentro d’alma, onde flutua,
Também rubra, nasce a dor,
E a lua sobe…
E o sangue muda em claridade !
E a nossa dor muda em saudade…
Branca, assim, da mesma cor !!!
(refrão)
Ai !… Quem me dera, que eu morresse lá na serra,
Abraçado à minha terra e dormindo de uma vez !
Ser enterrado numa grota pequenina,
Onde à tarde a surunina,
Chora sua viuvez.
(refrão)Conheça a letra completa de “Luar do Sertão”, de Catulo e João Pernambuco
Posted on julho 4, 2018 by Tribuna da Internet
Resultado de imagem para catulo da paixão cearense frasesPaulo Peres
Site Poemas & Canções
A letra de Luar do Sertão, um dos maiores clássicos da MPB, é muito extensa e nunca foi gravada integralmente. Foi o maior sucesso do poeta, compositor e cantor maranhense Catulo da Paixão Cearense (1863-1946), em parceria com o músico João Pernambuco. Eis a letra completa e original, extraída do livro “Minhas Serestas” de Loris R. Pereira, paginas 61/64.
LUAR DO SERTÃO
João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense
“Não há, ó gente, oh não,
Luar, como este do sertão. ”
(refrão)
Oh que saudade do luar da minha terra,
Lá na serra branquejando,
Folhas secas pelo chão,
Esse luar cá da cidade, tão escuro,
Não tem aquela saudade,
Do luar lá do sertão.
(refrão)
Se a lua nasce por detrás, da verde mata,
Mais parece um sol de prata,
Prateando a solidão,
E a gente pega na viola que ponteia,
E a canção é a lua cheia,
A nos nascer no coração.
(refrão)
Quando vermelha, no sertão desponta a lua,
Dentro d’alma, onde flutua,
Também rubra, nasce a dor,
E a lua sobe…
E o sangue muda em claridade !
E a nossa dor muda em saudade…
Branca, assim, da mesma cor !!!
(refrão)
Ai !… Quem me dera, que eu morresse lá na serra,
Abraçado à minha terra e dormindo de uma vez !
Ser enterrado numa grota pequenina,
Onde à tarde a surunina,
Chora sua viuvez.
(refrão)
Diz uma trova,
Que o sertão todo conhece,
Que se à noite o céu floresce,
Nos encanta e nos seduz,
É porque rouba dos sertões as flores belas,
Com que faz essas estrelas,
Lá do seu jardim de luz !!!
(refrão)
Mas como é lindo ver depois,
Por entre o mato,
Deslizar, calmo o regato,
Transparente como um véu,
No leito azul das suas águas, murmurando,
Ir, por sua vez roubando,
As estrelas lá do céu !!!
(refrão)
A gente fria desta terra sem poesia,
Não se importa com esta lua,
Nem faz caso do luar,
Enquanto a onça, lá na verde capoeira,
Leva uma hora inteira,
Vendo a lua a meditar.
(refrão)
Coisa mais bela neste mundo não existe,
Do que ouvir um galo triste,
No sertão, se faz luar,
Parece até que a alma da lua é que descanta,
Escondida na garganta,
Desse galo a soluçar !!!
(refrão)
Se Deus me ouvisse, com amor e caridade,
Me faria esta vontade,
-O ideal do coração !
Era que a morte,
A descantar, me surpreendesse, e eu morresse
Numa noite de luar, no meu sertão !
(refrão)
E quando a lua surge em noites estreladas,
Nessas noites enluaradas, em divina aparição
Deus faz cantar o coração da natureza,
Para ver toda a beleza do luar do Maranhão !
(refrão)
Deus lá do céu, ouvindo um dia, essa harmonia,
-A do meu sertão, do meu sertão primaveril,
Disse aos arcanjos que era o hino da poesia,
E também a Ave Maria, da grandeza do Brasil !
(refrão)
Pois só nas noites do sertão de lua plena,
Quando a lua é uma açucena,
É uma flor primaveril,
É que o poeta, descantado a noite inteira….
Diz uma trova,
Que o sertão todo conhece,
Que se à noite o céu floresce,
Nos encanta e nos seduz,
É porque rouba dos sertões as flores belas,
Com que faz essas estrelas,
Lá do seu jardim de luz !!!
(refrão)
Mas como é lindo ver depois,
Por entre o mato,
Deslizar, calmo o regato,
Transparente como um véu,
No leito azul das suas águas, murmurando,
Ir, por sua vez roubando,
As estrelas lá do céu !!!
(refrão)
A gente fria desta terra sem poesia,
Não se importa com esta lua,
Nem faz caso do luar,
Enquanto a onça, lá na verde capoeira,
Leva uma hora inteira,
Vendo a lua a meditar.
(refrão)
Coisa mais bela neste mundo não existe,
Do que ouvir um galo triste,
No sertão, se faz luar,
Parece até que a alma da lua é que descanta,
Escondida na garganta,
Desse galo a soluçar !!!
(refrão)
Se Deus me ouvisse, com amor e caridade,
Me faria esta vontade,
-O ideal do coração !
Era que a morte,
A descantar, me surpreendesse, e eu morresse
Numa noite de luar, no meu sertão !
(refrão)
E quando a lua surge em noites estreladas,
Nessas noites enluaradas, em divina aparição
Deus faz cantar o coração da natureza,
Para ver toda a beleza do luar do Maranhão !
(refrão)
Deus lá do céu, ouvindo um dia, essa harmonia,
-A do meu sertão, do meu sertão primaveril,
Disse aos arcanjos que era o hino da poesia,
E também a Ave Maria, da grandeza do Brasil !
(refrão)
Pois só nas noites do sertão de lua plena,
Quando a lua é uma açucena,
É uma flor primaveril,
É que o poeta, descantado a noite inteira….