Recebi, ontem, o livro “Minha
Paixão por Guidoval” escrito pelo José Francisco Barbosa.
São 76 páginas com acrósticos, poesias, crônicas, contos, histórias
de Guidoval.
É uma homenagem a nossa cidade e aos guidovalenses. Um louvor aos seus
pais Antônio José Barbosa Neto e Geni Barbosa Reis, aos irmãos Márcio, Túlio,
Rilma, Hélio, Carolina e Antônio, à esposa Elza, às filhas Gelza, Mirza, Rilza
e Joelza, aos netos Ivan, Lucas, Júlia, Luana, Júlio e Letícia.
Com sensibilidade percorre nossas ruas e história: Cachoeira, a
Congada do Benedito, Bar do Caputo, Dionísio (Maciel), Jésus Ribeiro, Tio Nely (Cunto
Pereira), Quadrilha do Antônio Queiroz, subir Morro da Sá Lódia, descer Morro
do Sô Trajano, seguir o Sacramento, depois Rua do Sapo, matar a sede na Bica do
Simião, assistir a “seriados” no Cine
Teatro Guidoval do Severino Occhi,
Lembra da Serra da Onça, Asilo, Hospital, Dr. Mário (Geraldo
Meireles).
Recorda da Casa Neto,
comércio do seu pai, que foi comissário, poeta e um dia teve carro de praça (táxi),
um Ford 29, mas antes teve uma bicicleta “Philips”
e mesmo com pouco estudo conseguiu formar todos os setes filhos.
Demonstra gratidão com o Dr. João Teixeira de Magalhães que lhe salvou
a mão de ser amputada.
Rememora os bons tempos de escola no Grupo Escolar Mariana de Paiva, dos colegas Dirceu Queiroga, Marli
Nalon, Geraldo Magela, José Horta, Mauro Urgal.
Faz elogios às grandes mestras Glorinha Queiroz, Ivone Vieira
Pereira, Tia Sinhá e Carmem Cattete Reis Dornelas.
Faz agradecimentos ao genro Luciano e a conterrânea Marta Ribeiral.
Declara cumplicidade e companheirismo com o Luiz Pinheiro, amigo de
infância e pro resto da vida.
Presta homenagens póstumas a Maria e Geraldo Pinheiro, Oscar Occhi,
Tilúcio, Vó Elisa, Elpídio, José Damato e Elzo de Barros.
Manifesta a sua religiosidade levando rosas para minha mãe, Dona
Tita, depositar aos pés da imagem da
Santa Teresinha do Menino Jesus. Descreve a Procissão do Mastro de Santana,
Nossa Mãe e Padroeira Santana, faz referência ao dinâmico Padre Oscar de
Oliveira construtor do nosso templo de orações, a nossa magnífica Igreja Matriz
de Santana.
E diz “Ser Guidovalense é
visitar a nossa Igreja Matriz, fixar bem o olhar no Sacrário e sentir as mãos
carinhosos de Cristo sobre sua cabeça abençoando-o”.
Retém na memória, a boa saudade dos pastéis da Dona Mimi, mãe da
sua grande amiga Maria Amélia (Memélia Ramos).
A música se faz presente em sua vida com Banda Belarmino Campos ou
então o Salão de Barbearia do Sô Nilo, com Odilon e Terezinha Reis, Zé do Gil,
Bijica, Márcio Barbosa, Sô Lau, Landinho, Mundico, Manga Rosa, Bebeto (Ramos) e
os bons carnavais do “Turunas”.
Traz a boa lembrança do meu avô Marcilio Vieira, conduzindo boiadas
pelas ruas da cidade, dando-lhe de presente (fictícios) bezerros, guardados nas
reminiscências e sonhos do poeta Zé Francisco.
Cita o verso “Do Chopotó, as águas serenas” do Dr.
Áureo Antunes Vieira (Doutor Aurinho) autor da letra do Hino de Guidoval,
tempos das enchentes comportadas do Rio
Chopotó, das toras de madeiras que desciam o rio, e laçadas de cima da ponte
pelo Landinho Estulano, Adão do Juca e o Zizinho do Marcílio, meu saudoso pai.
Tempo que a “Curva da Morte”, de
longe, espiava o Chopotó.
Relembra, comovido, a encenação do poema “O dia da Criação” (Porque hoje é sábado) de Vinicius de Moraes em
comemoração ao centenário de nascimento do seu pai, espetáculo apresentado pelos
jovens Orlando, Daniela, Vanessa e Maria Rita e Bruna, dirigido com competência
pelo amiguirmão Renato Moreira da
Silva, o Renatinho, o Delegado.
O livro é um tributo a nós guidovalenses, um doce carinho, do qual
tanto andamos necessitados nesses dias nebulosos.
Uma pessoa que escreve poemas como “Quem o viu como eu vi” (Antônio José Barbosa Neto) e “Quem a viu como eu vi” (Geni Barbosa
Reis) merece ir por céu. O Zé Francisco, com certeza, irá. Que demore muitos e
muitos anos.
Grande amigo Zé Francisco Barbosa, um poeta bom de prosa, a você o
meu afetuoso abraço e sucesso pela vida afora.
Ildefonso Dé Vieira
Um comentário:
Pela chamada tão completa, com toda certeza é um livro que irá levar a uma grande viagem guidovalenses saudosistas e que gostam da sua terra.De tudo o que foi dito, gostei muito de três destaques citados: o José Horta, tão pouco lembrado e quase desconhecido. O Dr. João Magalhães, que realmente salvou a mão do José Francisco. O Nely, este com toda certeza não seria esquecido. Me lembro do José Francisco, desde garotinho, sempre atrás do Nely aixiliando-o em suas tarefas de Eletricista. O José Francisco causava inveja nos colegas quando apertava entre os dedos um fio positivo e desencapado, sem reagir ao choque elétrico. Eu o assisti fazendo isto.
Desejo muito sucesso para o seu livro e, quando tiver oportunidade vou adquirir um, ler e, com certeza, vou gostar muito.
Um grande abraço ao José Francisco.
Plinio
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