terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quatro noites lúcido na UTI do Hospital Santa Lúcia em Brasília

Depois de quinze dias em que tive implantado dois stents farmacológicos na minha coronária descendente direita, ou seja, no dia quinze de julho passado, fui com minha mulher para Belo Horizonte com a intenção de ali permanecer até o fim do ano, pelo menos, até o fim de novembro.

Tínhamos planos de viajar de carro para diversas localidades mineiras e outras que escolheríamos.

Como tivemos visitas na segunda quinzena desse mês, festa de Santana em Guidoval (25-07-09), em agosto, entre outros eventos, retornei a Brasília para uma revisão médica e em seis de setembro retornamos a Guidoval para participar de uma homenagem pública a meu pai, já falecido, não pudemos por em prática o nosso plano inicial.

Assim, somente no dia dezenove de setembro, depois de cumprido mais um compromisso em BH, pudemos finalmente sair em passeio pelas praias de Guarapari – ES.

Permanecemos aí por dezoito dias de intensas atividades físicas como longas caminhadas, às vezes de mais de quinze quilômetros, banhos de mar, além de visitas a localidades próximas ou mais distantes, como o Mosteiro Zen Budista em Ibiraçu – ES.

Em todos esses momentos me senti muito bem, guiando carro até Guarapari, circulando pelas redondezas e o retorno a Belo Horizonte no dia 6 de outubro, com apenas uma parada em Realeza – MG para almoço, vencendo assim mais de 500 Km de distância.

Também, “coisa que gosto é poder partir sem ter planos, melhor ainda é poder voltar quando quero”, como disse Milton Nascimento.

Retornamos a BH felizes e com as energias reconstituídas pelo sal e sol de Guarapari.

No dia seguinte, uma quarta feira sete de outubro, já tinha assumido o compromisso de levar a minha tia Gildinha para um tratamento médico. Ela mora em Guidoval – MG, minha terra natal, e estava em BH para essa finalidade bem como passar uns dias na casa de sua filha Maria do Carmo.

Ao retornarmos do consultório médico já passava por uma confeitaria para comprar alguns pães e salgadinhos para o nosso lanche no meu apartamento, onde ela permaneceria até o final da noite, quando seria reconduzida à casa da filha por sua neta Maria Caroline.

Passamos momentos agradáveis com as guloseimas, vinho e refrigerante.

Depois que elas se foram senti, pela primeira vez, em cerca de três meses, um desconforto na região central do peito, logo acima do estômago, o que me levou a pensar em um transtorno gástrico causado pelas frituras, ainda que em pequena quantidade.

No dia seguinte fui caminhar e novamente não me senti bem, com reflexos pouco definidos na mesma região. Ainda pensava numa sobrecarga hepática causada pelos salgadinhos.

Mais uma vez ao caminhar, senti o mesmo desconforto, uma ligeira pressão sobre o externo e a região superior do tórax. Isso aí já me preocupou. Nos dias seguintes não fiz caminhadas. Era incrível que o tratamento que havia feito há apenas três meses não estivesse dando certo. Será que ocorreram novas obstruções de coronárias? Duas outras já tinham obstruções menos significativas, mas eu não estava abusando da alimentação considerada pesada e fazia pouco tempo que o tratamento fora realizado. O que seria? O que fazer? Ir a um especialista em Belo Horizonte? Retornar a Brasília imediatamente?

Se eu me decidisse consultar em Belo Horizonte com certeza encontraria bons especialistas nessa capital, mas poderia ouvir colocações divergentes e me colocar em dúvida de em quem confiar. Seria bom, se ficasse constatado que não havia nada preocupante e assim nós poderíamos continuar os nossos passeios já pensados até o fim do ano.

Porém, se se tratasse de nova intervenção achava que seria melhor em Brasília, já que é ali o meu domicilio, e seria realizada no mesmo local que a primeira, em continuação de tratamento com os mesmos especialistas que já estavam bem inteirados do meu problema.

Discutindo o assunto com minha mulher e meus filhos, ficou acertado que eu deveria retornar. Assim encerrávamos de vez essa nossa estadia em Minas para em nova oportunidade voltar.

Como nos dias que se seguiram também senti o tal desconforto em movimentos leves, não esperei que eles se transformassem em dores, quiçá insuportáveis, ou até resultassem em infarto do miocárdio de conseqüências imprevisíveis. A decisão do retorno estava tomada.

Na véspera do retorno questionei com minha mulher a conveniência de eu permanecer um dia inteiro sentado em um carro, em uma longa viagem que duraria mais de dez horas, talvez. E se eu me sentisse mal durante o percurso, longe de um recurso mais imediato, se o caso assim exigisse?

Assim, consultamos a possibilidade de um amigo, nosso compadre, guiar o nosso carro com Leise até Brasília, enquanto eu iria na manhã do mesmo dia de avião. Assim se fez no dia 14 de outubro corrente.

Cheguei a Brasília por volta da 11,00 horas quando o meu filho Erick já estava à minha espera no aeroporto. Dalí, para a sua casa onde almocei. A seguir, passei no meu apartamento para deixar uma mochila e nos dirigimos ao Hospital Santa Lúcia para as providencias iniciais, aonde cheguei por volta das 13,30 horas.

Já havia contatado desde o aeroporto de Belo Horizonte o cardiologista que me atende, e ele me havia dito que, tão logo chegasse ao hospital, pedisse a uma das atendentes que o comunicasse, o que foi devidamente cumprido.

Conforme o acertado ele, impossibilitado de estar no local devido a outro compromisso, comunicou-se com o cardiologista de plantão solicitando-lhe realizar os procedimentos iniciais e a requisição dos exames a partir dos quais ele reavaliaria a minha situação. Mais tarde, por volta das 17,30 horas, ele chegou e assumiu a condução dos meus exames.

Verificados os resultados de uma angiotomografia, um exame de sangue e um eletrocardiograma, ele pautou seu raciocínio: o primeiro se apresentou semelhante ao laudo do cateterismo realizado em junho passado, mas o segundo registrou novamente um aumento significativo da troponina, uma enzima indicativa de injúria de células cardíacas, significando pequenos infartos, ainda que o eletrocardiograma realizado não registrasse alterações significativas.

Assim, o Dr. Paulo Ricardo não teve dúvidas. Encaminhou-me novamente para a UTI para controle e avaliação da evolução dessa enzima .

Da primeira vez, o ouvir essa sentença, não me causara grande espanto ou ansiedade. Mas, desta vez, mesmo admitindo a necessidade e a falta de alternativa subi para o segundo andar, levado deitado em uma maca hospitalar, o que me causava naquele instante um grande constrangimento, além de saber o estado de angústia de Leise, minha mulher, que acabara de chegar de carro de Belo Horizonte. A minha subida para o andar da UTI foi retardada por uns 20 minutos para que ela estivesse um pouco comigo antes de me recolherem àquela unidade. Estava bastante decepcionado. Apostara tudo naquele tratamento, em vista do bem estar e sensação de normalidade que vinha sentindo nos últimos três meses.

Desta vez me alojaram em uma UTI light, onde não se ouviam gemidos constantes e haviam poucos pacientes ligeiramente entubados, mas, mesmo assim, me senti numa solidão, ainda que envolvido por pessoas. Não naveguei em pensamentos como da primeira vez. Provavelmente a análise do ambiente que fizera anteriormente ainda prevalecia.

Uma noite decorrida, chega o dia seguinte com novo exame de sangue pela manhã, mostrando um aumento significativo dessa enzima do enfarto. Com isto a decisão foi tomada: novo cateterismo para verificação in loco da situação das coronárias.

Não havia como não fazê-lo. O procedimento em si não me apavorava, mas o meu grande receio era a retirada no dia seguinte daquela cânula que deveria permanecer por mais tempo precavendo-se para outra possível intervenção, se necessária.

Cuidaram para que o procedimento fosse realizado no mesmo dia (17-10-09) na parte da tarde. E assim foi feito lá pelas 15,00 horas. Não foi muito demorado. O novo cateterismo identificou a obstrução em um dos stents colocados em 26 de junho último. Percebi certa surpresa do médico que me atendia no momento com aquela ocorrência, tendo em vista que vinha tomando rigorosamente a medicação recomendada. Sem maiores discussões e em tempo contínuo foi colocado outro, um stent farmacológico como os anteriores que secretam um medicamento que impede o desenvolvimento celular e a coagulação do sangue na área implantada.

Terminada a operação fui levado para o meu leito na UTI e tive que dormir com a perna direita amarrada à cama para me impedir de dobrá-la dormindo. Uma posição bastante cansativa, mas necessária para não causar a quebra de uma cânula inserida na artéria femoral. Mesmo assim dormi bem e satisfeito por ter meu problema resolvido.

No dia seguinte acordei bem cedo. Foi servido o café e, como não podia me mover para caminhar até o banheiro, tive que me sujeitar a um “banho de gato”, como se falava em Guidoval quando eu era criança, com toalhas molhadas aplicadas por uma enfermeira, com riqueza de detalhes, atingindo os mais recônditos cantos do corpo. Mas de maneira nenhuma substituía uma boa ducha. Para outras necessidades, o marreco para urina ainda dava. Mas a famosa comadre, essa para mim era demais. Eu não conseguiria usá-la. Assim, como a natureza sábia, produzia uma compactação fecal, a usual prisão de ventre, que durou até o momento em que pudesse ir a um banheiro de verdade e não a um portátil.

Aguardava enfim a operação dolorosa: a retirada da cânula da artéria. Era doloroso, mas não havia como escapar e, quanto mais cedo, me livraria do suplício mental e do físico, cuja espera era a causa do primeiro.

Aguardava o enfermeiro que faria o procedimento, mas apareceu primeiro um outro que às dez horas me aplicaria um centímetro de um produto anticoagulante na barriga. Nem me dei conta desse fato que somente mais tarde fui percebê-lo.

Mais uma hora e chegara o momento da retirada da cânula. O receio era grande, mas não havia como escapar. Foi então que me lembrei de alertar o enfermeiro de que havia tomado o produto anticoagulante. Imediatamente ele suspendeu a operação. Se prosseguisse eu correria o risco de um sangramento de longa duração. Deixou então para mais tarde, lá pelas quinze horas, o que também prolongou o sofrimento mental.

Da primeira vez que me submeti a esse procedimento de retirada de cânula resultou num processo muito doloroso.

Era instalado na beirada da cama um dispositivo assemelhado a um macaco de carroceria de caminhão (chico, como se falava em Guidoval), guardadas as devidas proporções, preso por baixo do varal da cama e da parte superior descia uma haste rígida terminada por uma peça circular abaulada por baixo e que seria aplicada próximo ao orifício de introdução da citada cânula.

Iniciada a operação, o enfermeiro deixou a peça descer e tocar o local situado na região inguinal e, em seguida, foi aplicando uma pressão progressiva até atingir aquela desejada. Para minha surpresa a dor foi suportável e eu acreditava mesmo que estaria tudo bem até o fim.

Como aquela compressão da artéria femoral também envolve o nervo, fiquei com a perna totalmente dormente, em toda a sua extensão. Isso já durava cerca de uns 25 minutos quando eu percebi que o enfermeiro se afastara, eu estava só e a dormência só aumentando. Eu, por minha decisão, não deveria modificar a posição do aparelho porque, se a coagulação no orifício da cânula não tivesse sido completada, correria o risco de uma hemorragia de difícil contenção, uma vez que ainda estava sob o efeito de um anticoagulante.

Foi nesse momento em que comecei a me preocupar com o sumiço do enfermeiro que não aparecia. Foi tomando conta de mim uma angústia, uma sensação de abandono e o desconforto daquela compressão ainda aumentando.

De repente percebi que estava suando frio, copiosamente, uma náusea próxima de vômito, uma bambeza geral que me acometia.

Realmente tive a nítida sensação de estar-me esvaindo. Senti-me a um passo da eternidade e até acreditei estar vendo a poucos metros o portal que leva para o outro lado da vida. Ainda assim tive fôlego para chamar por uma enfermeira que imediatamente retornou com o cardiologista de plantão na UTI, o Dr. Walter, que constatou que a minha pressão arterial baixara a 5x4. Desceu até um pouco mais para, em seguida, ir se recuperando depois que o médico acelerou a aplicação do soro e adicionou algum medicamento.

Em poucos minutos eu voltava a uma sensação de bem estar. Mas foram momentos angustiantes, mesmo para mim que não tenho o menor receio de passar para o outro lado. Só não queria que fosse com qualquer tipo de sofrimento. Apenas como um simples apagar de luzes (Seria querer demais do Altíssimo?). Depois de tudo isso, que ocorreu em cerca de dois minutos, mas que parecera uma eternidade, ainda esperei por dez minutos para a retirada daquela peça.

Reconheço que a atitude do enfermeiro não teve o objetivo de me maltratar e sim se precaver de uma possível hemorragia arterial, tendo em vista que estava sendo medicado com substância anticoagulante. Mas foram momentos terríveis. Nunca havia passado por situação igual.

Depois de retirado o aparelho e aplicado o curativo adequado, ainda tinha que manter a perna imobilizada pelo risco de se romper uma hemorragia. Mas não sofreria mais dores e nem angústia. Mesmo estando bastante suado somente poderia me deslocar ao banheiro para um banho por volta da meia noite.

Aconteceu que, menos de uma hora depois, uma das enfermeiras daquela unidade percebeu uma mancha de sangue tingindo a perna do meu pijama. Seria o início de uma hemorragia mesmo que estivesse seguindo as recomendações de imobilidade da perna?

Foi chamada a enfermeira chefe que verificou que o susto não procedia, mas tentou reforçar o curativo, já bastante apertado no sentido de comprimir uma bola de compressa de gaze por sobre o orifício deixado pela cânula.

Mas, o enfermeiro da hemodinâmica que procedera a retirada da cânula ainda se encontrava próximo àquela unidade e foi chamado para opinar. Constatou que deveria ter sido resto de sangue no interior da cânula que escorrera ao ser retirada. Mesmo assim preferiu remover o curativo, inspecionar o local e fazer um novo mais reforçado.

Em vista disso, lá se foi o meu banho da meia noite que ficou autorizado para a manhã do dia seguinte.

Passei o resto daquela tarde lendo um livro de Rubem Alves, “O sapo que queria ser príncipe”, que minha mulher me levara e tomava a refeição do jantar bastante inclinado para não dobrar a perna na altura da virilha. Mais uma vez dormi sem poder me mexer na cama, mas agora feliz por ter-me livrado do meu maior receio, a retirada da cânula, e na expectativa de deixar a UTI no dia seguinte para me instalar num apartamento, onde poderia ser acompanhado por minha mulher ou outro familiar.

Por mais que sejamos bem atendidos numa Unidade de Terapia Intensiva por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e outros auxiliares de enfermagem e de limpeza, como eu fui, ainda assim é um local de solidão no meio de gente. Por mais carinho que dediquem às suas atividades e tentem amenizar a situação, ali são profissionais de alta rotatividade, sendo sequentemente substituídos pela manhã e à tarde, diariamente.

Eu estive internado numa UTI light onde o estado geral de saúde dos pacientes não me parecia tão grave quanto daqueles que presenciei da primeira vez que estive em uma dessas unidades. Porém eu, um dos poucos que tínhamos condições e autorização para nos deslocarmos ao banheiro para os banhos e outras necessidades, ao percorrer aquele trajeto verificava pessoas de semblantes tristes e angustiadas, na sua quase totalidade idosas, olhando para o infinito, talvez desejando a presença de algum familiar ou amigo, cujo tempo de visita se circunscrevia a meia hora diariamente.

No dia em que realizei o procedimento do cateterismo não tive condições de me deslocar a um banheiro e tive que me contentar com aquele banho de toalhas molhadas aplicadas por uma enfermeira. Para muitos daqueles idosos que ali estavam e não podiam deslocar-se, talvez fosse bastante constrangedor se expor diariamente a estranhos para banhos e outras necessidades, mas tendo que se conformar pela impossibilidade de ser diferente, e mesmo assim, ainda agradecer a Deus por existirem esses cuidados e existirem pessoas dedicadas e capacitadas para esse trabalho.

Em situações mais graves de saúde certos pacientes ainda são penetrados por tubos em todos os orifícios naturais e geralmente sedadas.

Mas, de tudo isto se conclui que, apesar dos pesares, ainda devemos agradecer a Deus por podermos contar com tal atendimento.

Chegou, enfim, a manhã do domingo dia 19 quando eu deixaria a UTI e seria transferido para o apartamento onde estaria mais à vontade, com acompanhante e visitas em horário bem mais elástico.

A minha expectativa era de isso acontecer até as 11,00 horas, considerando-se que o médico que me acompanha teria em mãos o exame do sangue colhido às 5,00 horas da manhã e poderia avaliar o resultado antes de providenciar a minha transferência. Dada a burocracia interna, o apartamento somente foi providenciado lá pelas 15,00 horas.

Eu já estava ansioso porque, com o apartamento à disposição, demoravam comunicar à minha mulher que deveria se encontrar nele para me receber. Não era permitido eu ficar lá sozinho.

Quando tudo ficou resolvido a tarde já estava no fim e eu enfim chegava ao apartamento onde estavam minha mulher e um dos meus filhos.

A princípio fiquei até um pouco perdido no espaço, uma vez que na UTI eu estava monitorado o tempo todo e era só levantar um dedo e alguém estaria perto para um possível atendimento. Mas, no apartamento, imaginava que não seria bem assim, apesar de também saber que, se não necessitei de qualquer atendimento emergencial naquela unidade, salvo naquele incidente da retirada da cânula, porque agora que tudo caminhava para a normalidade eu iria necessitar?

Não demorou muito para que chegassem os outros filhos e minha nora e, no meio dessa euforia, retornei ao mundo dos vivos com bastante alegria por já estar próxima a minha alta.

Permaneci no apartamento de domingo até quarta feira à tarde, dia 21-10-09, e, durante esses dias tudo correu tranquilamente. Diariamente o expediente começava entre 5 e 6,00 horas da manhã com o primeiro remédio, seguido um pouco mais tarde da coleta de sangue para o exame diário, medida da pressão arterial, café da manhã por volta das 7 horas, pouco depois mais remédios.

O almoço era servido religiosamente às 11,30 horas e o jantar às 18,00 horas. Na parte da tarde, mais um remédio, e à noite o último comprimido, pouco antes de servirem mais um chá com biscoitos.

No dia 18 ao chegar ao apartamento tive uma grata surpresa ao constatar que haviam levado para lá o meu notebook acompanhado de uma placa de captura de internet 3G, com que minha mulher me presenteara pela sobrevivência. Estava de novo em contato com o mundo.

Contudo, o melhor mesmo seria retornar à minha residência, o que fiz na tarde do dia 21, caminhado a pé desde o hospital, que não fica muito distante do meu apartamento.

Mas o melhor tratamento mesmo foi a viagem que fiz com meu filho Erick, 15 dias depois, pilotando um pequeno avião ultraleve até a cidade de Curvelo – MG, onde mora uma cunhada minha.

Como tudo na vida, esta foi mais uma experiência vivida por mim e da qual tirei proveitosas lições.

Brasília, 21 de outubro de 2009
Plinio Augusto de Meireles

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