segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Anito Siqueira (02/09/1930 - 18/11/2013)



Anito Ferreira de Siqueira

Em 06/02/2008 fiz uma entrevista de 3 horas e 8 minutos com o Anito Ferreira de Siqueira.

Este vídeo tem apenas 11 minutos de alguns trechos.
Nele, Anito fala de sua família, Dona Conceição, Terezinha Pacheco, as viagens de caminhão, a gratidão pelo Edson (da Padaria) Andrade. Do jogo entre Cruzeiro e Itararé, a sua paixão futebolística pelo Flamengo e as partidas de Damas disputada com Zé Pinheiro, Geraldo Dornelas, Zizinho do Marcílio, Walace Azevedo e Rolô do Gentil.


50 anos de Flamengo
(crônica dedicada ao grande flamenguista Anito Ferreira de Siqueira)
Numa fria noite de segunda-feira o Anito Siqueira, com o caminhão carregado de latas de massa de tomate, seguiu viagem ao Rio de Janeiro. Juntos, na boléia estava o dono da carga, o industrial Rafael Cusati, o meu pai Zizinho do Marcílio e eu, que ainda há pouco completara 10 anos no dia de São Pedro e São Paulo.
Estávamos no início do inverno. Era dia 09 de julho de 1962. De madrugada, ao passar dentro da cidade de Petrópolis caía uma forte chuva. Com as ruas escorregadias, numa derrapada o veículo só não caiu dentro do rio que corria dentro de um canal devido à perícia do motorista.
Antes do amanhecer, o carro estacionou no Mercado de São Cristovão e aguardou o início do seu funcionamento. Perto das dez horas terminou a descarga, de parte, das famosas “Massa de Tomate Cusati”. Neste ínterim, eu fiquei na barraca do comprador, um português que levara o neto, em férias, para passar o dia. Meninos quase da mesma idade, logo travamos conhecimento e fomos conhecer a grande novidade do momento “uma tal de escada rolante”.
Para quem morava na pequena Guidoval, onde o progresso maior era o telefone de manivela da Dona Ernestina e a máquina de beneficiar arroz do Bié Linhares[1], a escada rolante tinha ares de nave espacial. E lá fomos nós, duas crianças, subir e descer a escada. No início, temerosos; depois mais confiantes, até arriscamos andar na contramão. Absortos, nesta atividade enfadonha aos adultos, passamos parte da manhã nesse sobe-e-desce até que o meu pai me chamou.
O Anito iria fazer outras entregas da mercadoria. Com mais da metade da carga deixada no mercado, o caminhão saiu pelas ruas do Rio de Janeiro. Eu fui para cima da carroceria e fiquei junto com o chapa do caminhão que me serviu de cicerone. E ele  mostrava “olha ali a Praia do Botafogo”. Era a primeira vez que eu via o mar. Mais à frente, este é Palácio do Catete. Foi aqui o Presidente Vargas suicidou-se. Olha o Hotel Copacabana Palace. Nele, hospedam-se as celebridades que visitam o Rio. O chapa de caminhão falava com orgulho da sua cidade e eu feliz, conhecendo a antiga capital federal, título que ostentara até dois anos atrás.
À noite, como no samba do Wilson Batista “vai haver mais um baile no Maracanã [2]. Jogava Flamengo e Canto do Rio, time de Niterói.
E fomos pro “maraca”: Rafael Cusati, tricolor; Anito Siqueira e o seu cunhado Torres (casado a Terezinha), flamenguistas; meu pai, vascaíno; e eu, uma criança que o papai tentava catequizar para o clube da cruz-de-malta.
Era terça-feira, 10 de julho de 1962. Com o coração aos pulos, entrei pela primeira e única vez no maior estádio do mundo. Estava quase vazio. A encorpar a torcida, na arquibancada tinha a famosa Charanga do Jaime de Carvalho. Ele fazia um bolão de linha. O vencedor ganhava uma flâmula do Flamengo. Jogava no ataque do time da Gávea Joel, Gérson (canhotinha de ouro), Henrique, Dida e Jair. Éramos cinco. Cada um ficou com um atacante.
Aos 22 minutos do primeiro tempo Gérson lançou uma bola e Henrique viu-se frente a frente com o goleiro, encobrindo-o com um leve toque[3].
Com a sorte dos principiantes, eu tinha saído com o número 9, camisa do Henrique e fui pegar a minha flâmula[4] de brinde com o Jaime de Carvalho.
Depois Dida fez mais três gols, Jair fez dois e Gérson apenas um. Uma goleada espetacular de 7 x 0.
Partida para eu nunca mais me esquecer. Depois do jogo o Anito deixou o Torres em sua casa e retornou a Guidoval.
No caminho pernoitamos num posto de gasolina em Sapucaia. Chegamos a Guidoval antes do almoço. Eu ainda era uma criança, mas agora flamenguista[5]. E uma “uma vez Flamengo, Flamengo até morrer...
[1] Registro que o Bié Linhares, grande cerealista nos anos 60, eternizou a frase “Bié, falô tá falado”.
[2] Letra do “Samba rubro-negro” de Wilson Batista
Flamengo joga amanhã
Eu vou pra lá
Vai haver mais um baile no Maracanã
O mais querido
Tem Rubens, Dequinha e Pavão
Eu já rezei pra São Jorge
Pro mengo ser campeão
O mais querido
Tem Rubens, Dequinha e Pavão
Eu já rezei pra São Jorge
Pro mengo ser campeão

Pode chover, pode o sol me queimar
Que eu vou pra ver
A charanga do Jaime tocar:
Flamengo! Flamengo!
Tua glória é lutar
Quando o mengo perde
Eu não quero almoçar
Eu não quero jantar
[3] Veja recorte do Jornal do Brasil
[4] A flâmula está no meu quartinho de computador. Atrás duma flâmula do Galo. Uma hora eu explico o por quê. A flâmula lembra os últimos títulos do Mengo. Os tricampeonatos de 43, 43, 44 e 53, 54, 55. Havia sete anos que o Flamengo não era campeão. Ficaria, ainda, mais um. O jejum terminou em 1963.
[5] Papai, mesmo vascaíno, mas como um bom democrata, aceitou o meu doce fardo de torcer pelo Flamengo.
Esta crônica eu também dedico a nossa vizinha, à época, Dona Nilza Ribeiro (rubro-negra), esposa do alfaiate Sô Wilson (tricolor). Eles eram compadres do papai. Dona Nilza muito me incentivou para eu torcer pelo MENGO. E eu nunca me arrependi.

sábado, 9 de novembro de 2013

e-mail do Dr. Plínio Meireles sobre o aniversário da Dona Ruth Cremonese



Mesmo quando me encontro fora do país não deixo de dar uma olhadela no BloGuidoval. É através dele que tomo conhecimento do que se passa na nossa terra e com as pessoas que estão em destaque.
Desde o dia 01 deste mês estou em viagem pela Colômbia. Estive em Bogotá e agora em Cartagena.
Na manhã deste dia 08 de novembro, tive mais uma grata surpresa pelo BloGuidoval.
O nosso zeloso conterrâneo o Dé, comunicou-nos o aniversário da D. Ruth Cremonese. Completou nesta da os seus 93 anos de vida.
Aí, não tive dúvidas. Como estou ligado na rede, através do Skype liguei para a D. Ruth. Fiquei muito contente, pois ela mesma atendeu ao telefone com uma voz que demonstrava muito boa disposição.
Tenho certeza de que ela também gostou muito de ser lembrada e ficou admirada quando lhe disse que seu aniversário estava divulgado pelo BloGuidoval.
É pena que muitas pessoas que são histórias em nossa terra, morando fora, ficam desconhecidas das pessoas mais jovens. Eu, que já passei para mais da metade, tenho muito boas e gratas lembranças dela e do Seu Nilso.
No ano de 1958, quando servia o exército na FEA- Fábrica de Juiz de Fora, o Seu Nilso trabalhava nessa fábrica e eles moravam em residências junto ao quartel.
A comida na caserna não era lá grande coisa e com muita frequência eles me levavam para o almoço em sua casa. Isso me trazia muita satisfação porque além de uma comida caseira muito gostosa, ainda privava de companhias muito agradáveis.
Nunca me esqueci disto. Hoje, mesmo depois de ter-lhe telefonado pela manhã, gostaria de deixar também aqui registrado os meus melhores votos de felicidade e que ela possa permanecer conosco por muito tempo mais.

Cartagena, 08 de novembro de 2013
Plinio Augusto de Meireles

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Dona Ruth Cremonese – 93 anos


Dona Ruth Cremonese – 93 anos

Creio que a primeira vez que eu ouvi a Dona Ruth Cremonese cantando foi em 28 de abril de 1978. Fiquei encantando.
A cidade estava em festa. O Ginásio Guido Marlière promovera uma GINCANA na Praça Santo Antônio em comemoração aos seus 25 anos de existência que seriam completados no dia 1º de maio.
Após o evento reuniram-se na casa de meus pais, Tita e Zizinho, na época o prefeito da cidade, diversos músicos e cantores. Além da Dona Ruth, o marido Nilso Cremonese (violão), Sô Nilo (violão), Odilon Reis (violino) e as irmãs Ruth e Carminha Oliveira (vocal).
Presentes a este casual encontro o meu amigo Virgilinho Oliveira, eu, a minha futura esposa Maria de Lourdes Ribeiral e os meus irmãos Marcílio, Ângela, Sueli, Rosimairy e Zezé.
De improviso, cantaram diversas músicas do nosso cancioneiro popular. Valsas, modinhas e sambas-canção. Nunca mais vou me esquecer da interpretação da canção “Apoteose do Amor”, composição de Cândido das Neves, imortalizada na voz de Orlando Silva.

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Tempo passou e a minha admiração pelo casal Nilso e Ruth Cremonese foi só aumentando.
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No dia 19 de abril de 2007, o Professor e Amigo Gerson Occhi recebeu o honroso “Título de Cidadão Honorário de Juiz de Fora”. Convidou-me. Eu fui. E junto a minha esposa Lourdes e a sua irmã Marta Ribeiral. Assistimos a uma cerimônia para encher o nosso orgulho guidovalense. Um coral formado por esposas, irmãs e filhas de maçons interpretou, durante a solenidade, a “Canção de do Guidovalense Ausente” de minha autoria e do Renato Moreira da Silva, o Renatinho do jornal Saca-Rolha.
No dia seguinte, 20 de abril, Marta, Lourdes e eu, fomos visitar o Sô Nilso e Dona Ruth Cremonese. Aproveitei a ocasião para gravar um filme caseiro e despretensioso com o casal. Foram quase duas horas de prosa e cantoria.
No vídeo postado mais abaixo temos apenas um aperitivo de uns seis minutos. Começa com o meu querido amigo Marquim, filho do casal, falando através de um CD que ele gravou em 2006, em Sydney na Austrália. É a primeira canção do CD “I'll String Along With You” que foi creditada como “You may not be na Angel”. A canção é dedicada aos seus pais que tocam e cantam juntos ao som do CD Player. Tem mais...
É só assistir ao Vídeo. Ah! Aproveito este espaço para junto da minha filha Thaís e da Lourdes desejarmos à Dona Ruth os nossos parabéns, recheado de felicidades. 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

As 20 Leis dos índios Sioux

As 20 Leis dos índios Sioux

The-Sioux-Medicine-Man
1. Levante com o Sol para orar. Ore sozinho. Ore com freqüência. O Grande Espírito o escutará você, ao menos, falar.
2. Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e avareza, originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito.
3. Procure conhecer-se, por si próprio. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada, e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você.
4. Trate os convidados em seu lar com muita consideração. Sirva-os o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra.
5. Não tome o que não é seu. Seja de uma pessoa, da comunidade, da natureza, ou da cultura. Se não foi ganhado nem foi dado, não é seu.
6. Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra. Sejam elas pessoas, plantas ou animais.
7. Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal.
8. Nunca fale dos outros de uma maneira má. A energia negativa que você colocar para fora no universo, voltará multiplicada a você.
9. Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados.
10. Pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito. Pratique o otimismo.
11. A natureza não é para nós, ela é uma parte de nós. Toda a natureza faz parte da nossa família Terrena.
12. As crianças são as sementes do nosso futuro. Plante amor nos seus corações e ágüe com sabedoria e lições da vida. Quando forem crescidos, dê-lhes espaço para que cresçam.
13. Evite machucar os corações das pessoas. O veneno da dor causada a outros, retornará a você.
14. Seja sincero e verdadeiro em todas as situações. A honestidade é o grande teste para a nossa herança do universo.
15. Mantenha-se equilibrado. Seu Mental, seu Espiritual, seu Emocional, e seu Físico, todos necessitam ser fortes, puros e saudáveis.Trabalhe o seu Físico para fortalecer o seu Mental. Enriqueça o seu Espiritual para curar o seu Emocional.
16. Tome decisões conscientes de como você será e como reagirá. Seja responsável por suas próprias ações.
17. Respeite a privacidade e o espaço pessoal dos outros. Não toque as propriedades pessoais de outras pessoas, especialmente objetos religiosos e sagrados. Isto é proibido.
18. Comece sendo verdadeiro consigo mesmo. Se você não puder nutrir e ajudar a si mesmo, você não poderá nutrir e ajudar os outros.
19. Respeite outras crenças religiosas. Não force suas crenças sobre os outros.
20. Compartilhe sua boa fortuna com os outros. Participe com caridade.