A verdadeira cor da esperança
Em 2002, o pretenso “messias” disse:
“a esperança venceu o medo”.
E juntos vieram Zé Dirceu e o Mensalão,
Delúbio e Marcos Valério, muita corrupção,
dos correios, Maurício Marinho,
dólares na cueca, José Nobre de Guimarães,
de genoínos sanguessugas.
É...
“a esperança venceu o medo”, disseram.
E vieram juntos Sarney, Collor e Renan Calheiros,
E se não bastasse,
juntos vieram Jáder Barbalho
Valdemar da Costa Neto, Professor Luizinho,
Ângela Guadagnin, a deputada da dancinha.
É...
É muita gente...
Gushiken, Pizzolato, Jacinto Lamas.
E esta esperança não sabia de nada.
Não sei de nada,
Land Rover, Silvinho Pereira,
Sebrae, Okamotto,
Sandro Mabel, José Borba,
Senado, Agaciel Maia.
Triste esperança esta que venceu o medo,
vasculhando contas do caseiro Francenildo,
mansão de orgias, abastecida por Jeany Mary Corner,
aos apetites do “impoluto” Palocci e Buratti.
Deprimente esperança que pensava como o outro Luiz,
o Luiz XIV, Rei Sol, que dizia “o estado sou eu”.
e foram quebrar sigilo fiscal de cidadãos comuns,
aparelhando o estado a um ParTido,
vorazes em busca de cargos e boquinhas.
É fato que a esperança tinha sede
de empregos, duma boquinha,
Meneguelli, João Vacari Neto,
Luis Marinho, Wilson Santarosa , João Antonio Felício,
Sergio Rosa, José Eduardo Dutra,
Bancoop , Gamecorp.
Sim, a esperança tinha sede,
bebia Romanée-Conti de quinze mil reais.
A esperança tinha vícios,
fumava charutos de 200 dólares.
A mesquinha esperança tinha fome,
de dossiês, lobbies, e comissões,
churrasqueiros aloprados,
Berzoini, Oswaldo Bargas, Lorenzetti,
Bruno Maranhão,Freud, Gedimar,
Valdebran, Dudu Godoy, Hamilton Lacerda.
Mas a sombria esperança também sabia
agilizar, engavetar investigação fiscal,
a pedido de ministra em reunião secreta,
exonerando Lina Vieira, impedindo-a de fiscalizar:
“Família Sarney! NÃO!”
A esperança tinha pressa, tinha preço,
gastança em cartões corporativos, uma farra.
A esperança tinha preço, tinha pressa,
andar de Aerolula, flanar pelo mundo,
turismo com dinheiro do contribuinte.
A esperança teve apagões elétricos:
“não liga, não sô! É passageiro”.
A esperança teve apagão aéreo,
a ministra recomendou
“relaxa e goza!”
A esperança corrupta tinha vários endereços,
dentre eles o terceiro andar do Palácio,
Com Erenice Guerra & Família negociando negociatas.
A lúgubre esperança do “falso messias”
tinha a cor vermelha,
Vermelho da bandeira Irã, Bolívia, Cuba, FARC e Venezuela,
Vermelho dos amigos Ahmadinejad, Morales, Fidel Chaves e Zelaya.
Esta mimética esperança tem um lado sombrio
CUTs e MSTs que às vésperas de eleições,
como tatus sob o sol desaparecem, somem,
escondem-se nos buracos escuros da falsidade,
depois de fechadas as urnas,
sorrateiros, serelepes, inconseqüentes,
reaparecem com seus bonés imundos,
tapando cabeças retrógradas, arcaicas,
pregando conceitos e idéias senis,
ventríloquos de filosofias sepultas, fúteis.
A melancólica esperança adorava elogios,
daí o mestre pediu ao Franklin Martins
fórmulas para censurar a imprensa,
cumpliciar-se com invasões de terras.
Tá lá no PNDH-3.
E o “guia da esperança” detestava democracia
e prometeu acabar com o partido político DEM.
E o “líder da esperança” resolveu
blasfemar, comparando-se a Cristo
profanar ídolos, igualando-se a Tiradentes
deturpar história, dizendo-se superior a JK.
Um pândego o “nosso guia”.
Esta esperança que venceu o medo
optou pela cor vermelha,
do sangue, da violência, do totalitarismo.
Eu sei que esperança não tem cor
e se tiver não será vermelha.
A minha esperança, a nossa esperança,
a esperança das pessoas de bem,
é que se cor houver para a esperança, que seja
Verde, Amarela, Azul e Branca.
As cores da nossa bandeira.
Esta é a minha esperança.