domingo, 16 de dezembro de 2012

EMATER-MG homenageia Governador Anastasia e Gonzaga Geraldo


EMATER-MG homenageia Governador Anastasia e Gonzaga Geraldo

A Escola Agrícola de Rio Pomba, em 1971, formou a primeira turma de Técnicos em Agropecuária. É com orgulho que digo pertencer a este grupo.
Em 1972, passei no concurso da CEMIG para trabalhar em eletrificação rural. Fui designado para São João del Rei. Cheguei à cidade no dia 15 de agosto. Sinos badalando, banda de música tocando música sacra, ruas enfeitadas para a procissão à Assunção de Nossa Senhora. Ainda não havia chegado ao céu e já recebia as bênçãos da Mãe de Jesus Cristo. Um dia emocionante para um rapaz de 20 anos.
A empresa pagou minha hospedagem, por um mês, no Hotel Espanhol. Regalias da companhia para eu ir me adaptando ao novo habitat. Nesse mesmo mês, encontrei o conterrâneo Luiz Gonzaga Geraldo, filho dos saudosos Sô Isaías e Dona Margarida Geraldo. Recém-formado em agronomia, Gonzaga trabalhava no escritório local da Associação de Crédito e Assistência Rural (ACAR-MG).
Solícito, um gentleman, Gonzaga me convidou para morar na sua república. E mais, foi avalista e fiador. Nascia uma amizade que permanece por mais de 40 anos. A república era composta por Arlindo e Rui (Lavras), Mauro (Caconde), Takaó (Três Rios), Luiz (Nazareno), Dr. Eli de Oliveira Carvalho (Conselheiro Lafaiete), Adilson e Professor Newton (Barbacena). E nessa república cheguei a ser presidente. Em sistema de rodízio, todos eram a cada mês.
Depois nas voltas que o mundo dá, eu fui trabalhar em Lavras até aportar em BH. O Gonzaga transferiu-se para Carandaí, Governador Valadares, fez Mestrado em Economia Rural na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Percorreu a nossa Minas Gerais, inúmeras vezes, por todas as regiões.
Exerceu ao longo desse tempo diversas atividades como extensionista rural, fazendo palestras, administrando cursos, escrevendo livros e folhetos, coordenando a Administração Rural, o Núcleo de Crédito Rural.
No biênio 1996/1997, presidiu a Caixa de Beneficência dos Funcionários da Associação de Crédito e Assistência Rural (CABEFE). Atualmente é Membro Efetivo do Conselho Deliberativo.
Agora em 6 de dezembro, Dia do Extensionista Rural, a EMATER comemorando 64 anos de existência, homenageou diversos funcionários pelo tempo de serviço dedicado à empresa.
Um dos agraciados foi o conterrâneo e amigo Engº Agrônomo Luiz Gonzaga Geraldo. Recebeu placa e medalha pelos 40 anos de trabalho.
A solenidade contou com presença do Governador Antônio Anastasia que recebeu a “Medalha do Mérito de Extensão Rural” por sua dinâmica atuação em prol da assistência técnica e extensão rural mineira. A honraria foi criada em 2001. O primeiro condecorado foi o ex-presidente Itamar Franco, quando exercia, à época, o cargo de governador de Minas Gerais.
No seu discurso, o Governador Anastasia afirmou “que a atividade de extensão rural é fundamental e tem sido uma das responsáveis para o alcance dos resultados positivos da agricultura em Minas Gerais”.
“Todos nós mineiros temos que ficar muito orgulhosos com o trabalho que a EMATER faz, que a extensão rural faz em nosso Estado. Se os indicadores da agricultura mineira, ao longo dos últimos anos, têm sido tão positivos, é porque, de fato, conseguimos colocar a extensão rural como um dos pilares fundamentais desse desenvolvimento”, disse o governador.
“A agricultura pode mais do que contribuir como âncora verde da nossa economia, mas ser o sustentáculo da nossa prosperidade e desenvolvimento, sempre em equilíbrio, de modo sustentável”, destacou o governador.
 “Tenho convicção que nos próximos dois anos, que são os remanescentes de meu mandato, teremos ainda motivos muito positivos de comemoração”, afirmou Antonio Anastasia.
A ACAR-MG foi criada em 1948 e extinta em 1975, sendo substituída pela EMATER-MG. Atualmente tem como Presidente o Dr. Marcelo Lana Franco. É vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, dirigida pelo Elmiro Nascimento (primeiro suplente do Senador Aécio Neves).
A EMATER-MG está presente em 783 municípios mineiros. Até o fim de 2012, deverá atender uns 400 mil agricultores familiares, 7.795 organizações comunitárias e 372.643 pessoas em sustentabilidade ambiental.
Os serviços prestados à sociedade renderam-lhe o reconhecimento nacional. Em 2012, a EMATER-MG foi eleita pela terceira vez a melhor empresa de Desenvolvimento Agropecuário do Brasil. A categoria faz parte do Prêmio Melhores do Agronegócio da revista Globo Rural. Essa foi a oitava edição do Prêmio.
Convidada pelo Governador Anastasia, a nossa Prefeita eleita Soraia Vieira Queiroz de Souza assistiu a cerimônia. Aproveitou para levar, em nome dos guidovalenses, o nosso abraço ao conterrâneo homenageado.
Permito-me voltar ao tempo. Recordo o estágio que fiz na antiga ACAR em Ubá. Era uma precondição a conclusão do curso técnico em Rio Pomba. Aprendi a reconhecer a importância desta empresa através do trabalho desenvolvido pelos seus extensionistas que compartilhavam os seus conhecimentos aos agricultores e fazendeiros da nossa região.
Em 1982, quando prefeito de Guidoval, o meu pai José Vieira Neto, mais conhecido por Zizinho do Marcílio, implantou o Escritório Local da EMATER em nossa cidade. Um benefício aos nossos lavradores. Nesse mesmo ano, Zizinho, inaugurou o prédio da “Administração Municipal Cid Vieira” abrigando: escritório da EMATER, Biblioteca Municipal Ernâni Rodrigues e órgãos da administração municipal e estadual.
Gonzaga Geraldo é casado com a conterrânea Rosália Ribeiro Ramos Geraldo. Têm dois filhos: Dr. Leonardo, advogado, casado com a Antonella e Dr. Gustavo, médico, casado com Ana Paula, pais do Benício.
Os nossos PARABÉNS ao amigo Gonzaga pela justa homenagem, e a toda família, que, assim, como eu, deve estar toda orgulhosa.

Fotos:
Cedidas pela Assessoria de Comunicação da Emater-MG (Sebastião Avelar - jornalista)
Texto:
Tirado do site da EMATER (http://www.emater.mg.gov.br/) e reminiscências pessoais.

Governador Antônio Anastasia
Soraia e Gonzaga
Marcelo Lana Franco, Soraia e Gonzaga
Engº Agrônomo Luiz Gonzaga Geraldo e Dr. Marcelo Lana Franco

2 comentários:

Plinio Augusto disse...

Este texto onde se comenta as honrarias recebidas e tão merecidas pelo Engenheiro Agrônomo Luiz Gonzaga Geraldo, me deixa pelo menos quatro saudosas recordações do passado.
Muito embora, o saudoso memorialista Dr. Pedro Nava, quando inquirido por um repórter sobre suas experiências passadas, tenha respondido que: “a experiência é como um carro com os faróis voltados para trás; só ilumina o passado”, o célebre Mario de Andrade teria dito muito antes: “o passado está feito para se recordar e não para se reviver”.
Contudo, todos nós que tivemos bons momentos e aventuras passadas, temos também boas razões para recordá-las e, como Roberto Carlos, podemos dizer: “emoções eu vivi”.
Na minha primeira recordação, me vem a lembrança dos pais do homenageado, o Sr. Isaías e a D. Margarida, cuja casa eu muito frequentei na sua fazendinha, quase sempre convidado para o almoço, e depois em Guidoval, na casa onde morou o Sr. Mário Queiroz. Sempre muito bem recebido pela atenção do Sr. Isaías e o carinho da D. Margarida. Também pela amizade fraterna com o Luciano, que mesmo contrariando a opinião do Eliseu da casa Sampaio, nos emprestava aqueles animais maravilhosos, um cavalo e uma égua baios para nossos repassos e lazer. Como se diria: enquanto descansavam da viagem do Luciano não carregavam pedras, mas alguns amigos apenas. Agregando-se algo mais na relação com essa família, eu e meu irmão Aulo tivemos como colegas no Ginásio Guido Marlière os irmãos do Gonzaga, o José Geraldo e o João Batista.
Na segunda recordação está a então recém-criada ACAR. Salvo engano, no ano de 1950, víamos chegar a Guidoval, atravessando a ponte do Rio Xopotó, um Jeep do ano, novinho em folha, pilotado garbosamente pelo Engenheiro Agrônomo Nicolino Taranto, para dar assistência aos agricultores locais. Não sei se por influência da ACAR, alguns dos nossos conterrâneos, algum tempo depois, foram estudar agronomia em Viçosa. Naquela época já tínhamos uma conterrânea formada em Medicina Veterinária no Rio de Janeiro, a Geralda Batista. Somente em 1965 nos formamos nessa especialidade eu e o Ronom Rodrigues e em 1966 o Roberto da Cunha Benini.
Na terceira e quarta recordações, que se complementam, vem a lembrança da cidade de Lavras, onde morei de 1978 a 1980, e a UFLA, onde nesse período frequentei o curso de Mestrado em Administração Rural, defendendo minha tese em Cooperativismo, com enfoque sociológico no ano de 1981.
Essas e outras recordações, tanto quanto novas informações sobre a nossa cidade e conterrâneos ilustres e prestigiados, podemos obter pelo Bloguidoval, graças ao empenho e dedicação do nosso querido conterrâneo Idelfonso Vieira, O Dé, uma pessoa muito importante para nós guidovalenses que moramos longe.
Os meus mais sinceros parabéns ao homenageado, Dr. Luiz Gonzaga Geraldo, e também ao amigo Dé, por nos propiciar o prazer dessas emoções.
Plínio Augusto de Meireles

Gustavo Geraldo disse...

Caro Dé,
a leitura dos seus textos são sempre prazeirosas.
Mas quando o assunto se refere a algo tão pessoal, só posso lhe agradecer pela enorme satisfação que propiciou.
Papai merece as homenagens, as oficiais e a dos amigos.
Grande abraço,
Gustavo