EMATER-MG
homenageia Governador Anastasia e Gonzaga Geraldo
A Escola Agrícola de Rio Pomba, em 1971, formou a primeira turma de Técnicos
em Agropecuária. É com orgulho que digo pertencer a este grupo.
Em 1972, passei no concurso
da CEMIG para trabalhar em
eletrificação rural. Fui designado para São João del Rei. Cheguei à cidade no
dia 15 de agosto. Sinos badalando, banda de música tocando música sacra, ruas
enfeitadas para a procissão à Assunção
de Nossa Senhora. Ainda não havia chegado ao céu e já recebia as bênçãos da
Mãe de Jesus Cristo. Um dia emocionante para um rapaz de 20 anos.
A empresa pagou minha
hospedagem, por um mês, no Hotel Espanhol. Regalias da companhia para eu ir me
adaptando ao novo habitat. Nesse mesmo mês, encontrei o conterrâneo Luiz Gonzaga
Geraldo, filho dos saudosos Sô Isaías e Dona Margarida Geraldo. Recém-formado em agronomia, Gonzaga
trabalhava no escritório local da Associação de Crédito e Assistência Rural (ACAR-MG).
Solícito, um gentleman, Gonzaga
me convidou para morar na sua república. E mais, foi avalista e fiador. Nascia
uma amizade que permanece por mais de 40 anos. A república era composta por
Arlindo e Rui (Lavras), Mauro (Caconde), Takaó (Três Rios), Luiz (Nazareno), Dr.
Eli de Oliveira Carvalho (Conselheiro Lafaiete), Adilson e Professor Newton
(Barbacena). E nessa república cheguei a ser presidente. Em sistema de rodízio,
todos eram a cada mês.
Depois nas voltas que o
mundo dá, eu fui trabalhar em Lavras até aportar em BH. O Gonzaga transferiu-se
para Carandaí, Governador Valadares, fez Mestrado em Economia Rural na Universidade
Federal de Lavras (UFLA). Percorreu
a nossa Minas Gerais, inúmeras vezes, por todas as regiões.
Exerceu ao longo desse tempo
diversas atividades como extensionista rural, fazendo palestras, administrando
cursos, escrevendo livros e folhetos, coordenando a Administração Rural, o
Núcleo de Crédito Rural.
No biênio 1996/1997, presidiu
a Caixa de Beneficência dos Funcionários da Associação de Crédito e Assistência
Rural (CABEFE). Atualmente é Membro Efetivo do Conselho Deliberativo.
Agora em 6 de dezembro, Dia
do Extensionista Rural, a EMATER comemorando
64 anos de existência, homenageou diversos funcionários pelo tempo de serviço
dedicado à empresa.
Um dos agraciados foi o conterrâneo
e amigo Engº Agrônomo Luiz Gonzaga Geraldo. Recebeu placa e medalha pelos 40
anos de trabalho.
A solenidade contou com
presença do Governador Antônio Anastasia que recebeu a “Medalha do Mérito de Extensão Rural” por sua dinâmica atuação em
prol da assistência técnica e extensão rural mineira. A honraria foi criada em
2001. O primeiro condecorado foi
o ex-presidente Itamar Franco, quando exercia, à época, o cargo de governador
de Minas Gerais.
No seu discurso, o Governador Anastasia afirmou “que a atividade de
extensão rural é fundamental e tem sido uma das responsáveis para o alcance dos
resultados positivos da agricultura em Minas Gerais”.
“Todos nós mineiros temos
que ficar muito orgulhosos com o trabalho que a EMATER faz, que a extensão rural faz em nosso Estado. Se os
indicadores da agricultura mineira, ao longo dos últimos anos, têm sido tão
positivos, é porque, de fato, conseguimos colocar a extensão rural como um dos
pilares fundamentais desse desenvolvimento”, disse o governador.
“A agricultura pode mais
do que contribuir como âncora verde da nossa economia, mas ser o sustentáculo
da nossa prosperidade e desenvolvimento, sempre em equilíbrio, de modo
sustentável”,
destacou o governador.
“Tenho convicção que nos próximos dois anos,
que são os remanescentes de meu mandato, teremos ainda motivos muito positivos
de comemoração”,
afirmou Antonio Anastasia.
A ACAR-MG foi criada em 1948 e extinta em 1975, sendo substituída
pela EMATER-MG. Atualmente tem como
Presidente o Dr. Marcelo Lana Franco.
É vinculada à Secretaria de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, dirigida pelo Elmiro Nascimento (primeiro
suplente do Senador Aécio Neves).
A EMATER-MG está presente em 783
municípios mineiros. Até o fim de 2012, deverá atender uns 400 mil agricultores
familiares, 7.795 organizações comunitárias e 372.643 pessoas em
sustentabilidade ambiental.
Os serviços prestados à
sociedade renderam-lhe o reconhecimento nacional. Em 2012, a EMATER-MG foi eleita pela terceira vez
a melhor empresa de Desenvolvimento Agropecuário do Brasil. A categoria faz
parte do Prêmio Melhores do Agronegócio da revista Globo Rural. Essa foi a
oitava edição do Prêmio.
Convidada pelo Governador
Anastasia, a nossa Prefeita eleita Soraia
Vieira Queiroz de Souza assistiu a cerimônia. Aproveitou para levar, em
nome dos guidovalenses, o nosso abraço ao conterrâneo homenageado.
Permito-me voltar ao tempo.
Recordo o estágio que fiz na antiga ACAR
em Ubá. Era uma precondição a conclusão do curso técnico em Rio Pomba. Aprendi
a reconhecer a importância desta empresa através do trabalho desenvolvido pelos
seus extensionistas que compartilhavam os seus conhecimentos aos agricultores e
fazendeiros da nossa região.
Em 1982, quando prefeito de
Guidoval, o meu pai José Vieira Neto, mais conhecido por Zizinho do Marcílio,
implantou o Escritório Local da EMATER
em nossa cidade. Um benefício aos nossos lavradores. Nesse mesmo ano, Zizinho, inaugurou
o prédio da “Administração Municipal Cid
Vieira” abrigando: escritório da EMATER,
Biblioteca Municipal Ernâni Rodrigues e órgãos da administração municipal e
estadual.
Gonzaga Geraldo é casado com
a conterrânea Rosália Ribeiro Ramos Geraldo. Têm dois filhos: Dr. Leonardo,
advogado, casado com a Antonella e Dr. Gustavo, médico, casado com Ana Paula,
pais do Benício.
Os nossos PARABÉNS ao amigo
Gonzaga pela justa homenagem, e a toda família, que, assim, como eu, deve estar
toda orgulhosa.
Fotos:
Cedidas
pela Assessoria de Comunicação da Emater-MG (Sebastião Avelar - jornalista)
Texto:
Governador Antônio Anastasia
Soraia e Gonzaga
Marcelo Lana Franco, Soraia e Gonzaga
Engº Agrônomo Luiz Gonzaga Geraldo e Dr. Marcelo Lana Franco
2 comentários:
Este texto onde se comenta as honrarias recebidas e tão merecidas pelo Engenheiro Agrônomo Luiz Gonzaga Geraldo, me deixa pelo menos quatro saudosas recordações do passado.
Muito embora, o saudoso memorialista Dr. Pedro Nava, quando inquirido por um repórter sobre suas experiências passadas, tenha respondido que: “a experiência é como um carro com os faróis voltados para trás; só ilumina o passado”, o célebre Mario de Andrade teria dito muito antes: “o passado está feito para se recordar e não para se reviver”.
Contudo, todos nós que tivemos bons momentos e aventuras passadas, temos também boas razões para recordá-las e, como Roberto Carlos, podemos dizer: “emoções eu vivi”.
Na minha primeira recordação, me vem a lembrança dos pais do homenageado, o Sr. Isaías e a D. Margarida, cuja casa eu muito frequentei na sua fazendinha, quase sempre convidado para o almoço, e depois em Guidoval, na casa onde morou o Sr. Mário Queiroz. Sempre muito bem recebido pela atenção do Sr. Isaías e o carinho da D. Margarida. Também pela amizade fraterna com o Luciano, que mesmo contrariando a opinião do Eliseu da casa Sampaio, nos emprestava aqueles animais maravilhosos, um cavalo e uma égua baios para nossos repassos e lazer. Como se diria: enquanto descansavam da viagem do Luciano não carregavam pedras, mas alguns amigos apenas. Agregando-se algo mais na relação com essa família, eu e meu irmão Aulo tivemos como colegas no Ginásio Guido Marlière os irmãos do Gonzaga, o José Geraldo e o João Batista.
Na segunda recordação está a então recém-criada ACAR. Salvo engano, no ano de 1950, víamos chegar a Guidoval, atravessando a ponte do Rio Xopotó, um Jeep do ano, novinho em folha, pilotado garbosamente pelo Engenheiro Agrônomo Nicolino Taranto, para dar assistência aos agricultores locais. Não sei se por influência da ACAR, alguns dos nossos conterrâneos, algum tempo depois, foram estudar agronomia em Viçosa. Naquela época já tínhamos uma conterrânea formada em Medicina Veterinária no Rio de Janeiro, a Geralda Batista. Somente em 1965 nos formamos nessa especialidade eu e o Ronom Rodrigues e em 1966 o Roberto da Cunha Benini.
Na terceira e quarta recordações, que se complementam, vem a lembrança da cidade de Lavras, onde morei de 1978 a 1980, e a UFLA, onde nesse período frequentei o curso de Mestrado em Administração Rural, defendendo minha tese em Cooperativismo, com enfoque sociológico no ano de 1981.
Essas e outras recordações, tanto quanto novas informações sobre a nossa cidade e conterrâneos ilustres e prestigiados, podemos obter pelo Bloguidoval, graças ao empenho e dedicação do nosso querido conterrâneo Idelfonso Vieira, O Dé, uma pessoa muito importante para nós guidovalenses que moramos longe.
Os meus mais sinceros parabéns ao homenageado, Dr. Luiz Gonzaga Geraldo, e também ao amigo Dé, por nos propiciar o prazer dessas emoções.
Plínio Augusto de Meireles
Caro Dé,
a leitura dos seus textos são sempre prazeirosas.
Mas quando o assunto se refere a algo tão pessoal, só posso lhe agradecer pela enorme satisfação que propiciou.
Papai merece as homenagens, as oficiais e a dos amigos.
Grande abraço,
Gustavo
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