sábado, 1 de fevereiro de 2014

Saudades da Dona Ruth Cremonese



Saudades da Dona Ruth Cremonese

Faleceu, hoje, 01/02/2104, às 20:30 horas, a querida conterrânea Dona Ruth Cremonese.

Ela nasceu em 1920 no Sapé de Ubá, atualmente Guidoval.

Aos 16 anos foi morar em Juiz de Fora, ocasião em que conheceu o jovem Nilso Cremonese.

Casaram-se em 1940 e tiveram quatro filhos: Marcus, Marcius, Marco Antônio e Márcia.

Tenho o orgulho e a honra de ser amigo dessa família exemplar.

Em 20/04/2007, junto com a minha esposa Lourdes, gravamos um depoimento do casal. O vídeo tem mais de uma hora de duração.

Abaixo, um pequeno trecho do início dessa gravação.

Pela narrativa da Dona Ruth vê-se o quanto ela era apaixonada por Juiz de Fora.
Merece ser nome de rua nesta cidade que tanto amou.

Queridos filhos Márcia, Marcius, Marco Antônio e Marcus Cremonese:

Neste momento de dor não conhecemos palavras apropriadas para confortá-los, assim só a certeza da ressurreição e da vida eterna para amenizar tamanho sofrimento.

Que DEUS ilumine a todos, dando-lhes forças para suportar esta perda irreparável.

As nossas preces e sentimentos à Família.
Ildefonso, Lourdes e Thaís

Um comentário:

Plinio Augusto disse...

Há quase três meses atrás, estava em Cartagena na Colômbia e tive a grata satisfação de ver pelo bloguidoval a notícia da passagem dos 93 anos de vida da D. Ruth Cremonese, e poder cumprimentá-la através de uma ligação telefônica.
Hoje vejo pelo mesmo veículo a notícia do seu falecimento. Naquela data anterior ela me pareceu estar muito bem. A voz firme e decidida e se mostrando feliz por ter sido lembrada, não apenas por mim, mas por saber que seu aniversário estava anunciado no bloguidoval.
Realmente, como já afirmou o Dé em sua mensagem, em momentos como esses nos faltam as palavras. Tudo o que se puder dizer será insuficiente para preencher esse vazio. Para os que ficamos, principalmente o seus familiares, permanecerá a "presença de uma ausência", que é mais contundente do que uma simples ausência.
Também tive o prazer e a honra de tê-la como uma pessoa importante em um momento da minha vida, quando morei em Juiz de Fora nos idos de 1958. Já comentei sobre isso.
Contudo, eu, nas minhas convicções espíritas, costumo lidar com menos constrangimento com a morte. Como já salientou muito bem Rubem Alves em uma de suas crônicas "...a morte faz parte da vida, tanto como o nascimento". Por isso também como está num monólogo de Sheakespeare, "devemos sempre nos despedir das pessoas que amamos com palavras carinhosas e gentis; pode ser a última vez!
Não é nosso costume pensar muito a esse respeito mas, a partir do momento em que nascemos o nosso tempo começa a ser contado. Já estamos caminhando para a morte sem que o percebamos a cada momento, porque, antes de completarmos os nossos sessenta aniversários, estamos geralmente cheios de vitalidade e o nosso fim nos passa despercebido. Temos quase uma sensação de imortalidade. Mas, o tempo está correndo. Mais depressa para uns, mais devagar para outros. Mas não reduz sua marcha para nenhum de nós.
Também devemos considerar que mais importa o como vivemos do que o quanto tempo vivamos. No entanto, é uma glória, uma grande bênção, termos vivido mais de 90 anos com boa saúde e qualidade de vida. Termos podido criar uma família em que os filhos sejam a coroação da nossa passagem e nosso êxito na vida, tal como aconteceu com a D. Ruth e o Seu Nilson.
Os meus sentimentos aos seus filhos pelo falecimento de sua querida mãe.
Plinio Augusto de Meireles
Belo Horizonte, 01 de fevereiro de 2014