O caderno GURI
do jornal Estado de Minas de 04/02/2012 publicou na página 10 uma matéria com o
escritor Lindomar da Silva
Abaixo,
transcrição da notícia:
O escritor
Lindomar da Silva conta no livro a história do rio que viu a cidade ocupar suas
margens
Imagine ver as
recordações mais queridas da sua cidade destruídas pela força da água. A ponte
que causava medo na infância, mas como correr do tempo virou uma travessia normal;
a pracinha, palco de tantas brincadeiras depois da escola; as casas dos amigos,
as lojas preferidas e tantas outras memórias.
O professor e
escritor Lindomar da Silva viveu metade dos seus 42 anos em Guidoval, cidade da
Zona da Mata, uma das mais afetadas pelos temporais do
começo do ano.
O Rio Xopotó, que atravessa o município, encheu tanto que transbordou, levando
quase tudo o que estava pela frente.
Lindomar não
poderia imaginar que isso aconteceria, mas, dois meses antes, ele havia lançado
o livro Acidade e o
rio, pela Editora RHJ.
A obra fala justamente
sobre um rio que, cansado de tentar mostrar para a cidade o tanto que ela
estava lhe fazendo mal, aproveitou o embalo da chuva e acabou tomando de volta tudo,
até o que não era dele. E a cidade, sem ter como se defender, se escondeu
dentro do rio.
O escritor
conta que a ideia da história veio do fato de ele estar acostumado a ver
Guidoval sofrer comas enchentes do Xopotó. “Porém, nunca havíamos passado por uma
tragédia com essas dimensões, com mortos, desabrigados e muita destruição por
causa da chuva.
As pessoas na
cidade ficaram até impressionadas, como se eu tivesse previsto o que ocorreria.”
No livro, ele
fala sobre um rio que viu uma cidade ocupar as suas margens.
O rio sempre
esteve lá, mas a cidade, na correria do progresso, não o respeitava nem ouvia
seus lamentos.
Para evitar que
isso aconteça com outras cidades e outros rios, Lindomar gostaria que o livro
chegasse à meninada dos grandes centros, onde os rios estão cada vez mais
invisíveis, e levasse a questão do respeito à natureza e da relação de
cumplicidade com ela.
Enquanto isso,
ele torce pela recuperação da sua cidade natal. “É uma cidade pequena, típica
do interior. Ao chegar a Guidoval, é preciso passar por um quebra-molas na
entrada. Brinco que é para desacelerar mesmo e entrar no ritmo da cidade, com tempo
para contemplar a paisagem.”
Não conheço o Lindomar.
Tentei entrar em contato com ele, mas ainda não consegui.
No dia 25 de janeiro ele fez um comentário no BloGuidoval sobre o “Enchente em Guidoval 2012 - Antes e Depois” postado em 12/01/2012, mas não deixou e-mail.
3 comentários:
Dé,
Conheço o Lindomar. Ele é filho do Sô João Rodrigues, irmão da professora Rosangela que é casada com o Joanes, filho da Terezinha Cândido.
Conheci pela foto. Seria bom divulgar a obra de um guidovalense.
Um abraço do seu irmão Marcílio
MARCÍLIO, TUDO BEM?
PASSE MEU E.MAIL PARA SEU IRMÃO.
lin.lins@pop.com.br
UM GRANDE ABRAÇO E CUIDE BEM DE GUIDOVAL!
LINDOMAR
Marcílio, seu irmão entrou em contato com a editora e repassei meus contatos para ele, mas até a presente data, não entrou em contato comigo. A editora quer doar livros para a biblioteca de Guidoval, inclusive os meus, que muitos guidovalenses ainda não conhecem, nem a obra nem o autor.
Vamos pensar na ideia de um festa literária em Guidoval. Assim como eu e seu irmão, há inúmeros outros artistas guidovalenses. Aguardo retorno do seu irmão.
Um abraço
lindomar
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