Ontem, à tarde, estava em ponto de ônibus na Savassi esperando passar o Circular 4 (SC04).
Nisso chega um rapaz bem vestido, de terno, gravata e uma maleta, tipo 007, aberta.
Dentro vários tipos de chicletes e balas.
O moço nada disse, coisas tais como “eu poderia estar roubando, poderia e
star matando, poderia estar treinando a seleção brasileira, poderia estar me prostituindo, po
deria estar me candidatando a deputado... ”.
Não, o moço nada disse. Ainda bem.
Só se apresentou, calado, à frente das pessoas que estavam sob a marquise da parada de ônibus com a sua maleta, tipo 007, aberta com balas, chicletes e doces.
Não gosto de balas, não masco chicletes, evito doces, mesmo assim comprei dois “trident”.
O bom vendedor não precisa de discursos vazios, com os blás-blás-blás desnecessários.
A indumentária que o rapaz vestia para vender o seu simples produto foi o diferencial que me convenceu a comprar o que nem necessitava.
Na vida, a diferença faz o negócio.
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