sexta-feira, 19 de junho de 2020

Antônio José Barbosa

(por Guilherme Ubaldo Barbosa)


1. A Família:

Nascido em 19/06/1954, no município de Guidoval, Zona da Mata de Minas Gerais, Antonio José Barbosa é o filho caçula temporão – ‘rapa do tacho’ – de Antônio José Barbosa Neto e de Gení Reis Barbosa. Aquele cujo curioso ofício definido desde o nascimento – o de colocar os pais ao sol – é o mais jovem entre sete irmãos: Márcio, Túlio (‘in memorium’), Rilma, José Francisco, Hélio e Maria Carolina.

Casou-se com Mariângela Antoniol Ubaldo na Igreja Matriz São João Batista, em Visconde do Rio Branco. O matrimônio ocorreu em 20/09/1980. Mariângela é Médica e atuou como Pediatra na rede pública de saúde do Distrito Federal por mais de três décadas.

Antonio Barbosa e Mariângela são pais de três filhos: Guilherme, nascido em 29/10/1981, é Historiador. Mariana, Médica Cardiologista, nasceu em 17/12/1982. Eduardo, de 14/3/1992, atua como Advogado consultor do Supremo Tribunal Federal (STF), além de ser Historiador. Antonio e Mariângela têm dois netos, filhos da Mariana: João (27/07/2015) e Luísa (19/10/2018).

2. A Formação:

Antonio J. Barbosa conheceu o universo da educação, ainda em Guidoval, naturalmente, a partir do Grupo Escolar Mariana de Paiva”. Logo em seguida, estudou no Ginásio Guido Marlière”. Encerrou o ‘colegial’ no “CAVE”, em Juiz de Fora, no ano de 1970.

Cursou a graduação do curso de História na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Historiador, com Bacharelado e Licenciatura (1975), Antonio aliava os estudos acadêmicos, ao mesmo tempo, a duas outras atividades: o magistério e a política. Mais tarde, tornou-se Mestre (1989) e Doutor (2000) em História pela Universidade de Brasília (UnB). É integrante da Academia Ubaense de Letras, desde o ano de 2012, bem como da Academia Rio-branquense de Letras, desde 2014.

3. O Vereador:

Em 1972, com apenas 18 anos, Antonio foi eleito vereador em Guidoval. Consta que, até aquela data, foi o mais jovem político já eleito em toda História do Estado de Minas Gerais.

Na Câmara Municipal de Guidoval, entre os anos de 1973 e 1977, destacava-se, em primeiro lugar, a vocação para o espaço do palanque. Orgânica parecia ser a intimidade com microfones; além da envolvente retórica engendrada quando proferia discursos. A atuação política em projetos como, por exemplo, os que inauguraram condições para o surgimento da “Fundação Municipal de Saúde”, ou mesmo, a criação do “Dia do Guido”, integram capítulos da vida política de Antonio.


4. O Professor:

Enquanto professor de cursos preparatórios para vestibulares, Antonio J. Barbosa destacou-se pela singular capacidade de unir ao vasto conhecimento histórico a habilidade de transmiti-lo por meio de retórica carismática, envolvente e apaixonante. Aliás, a paixão pela sala de aula e ao ofício de professor pode ser considerada a principal marca da trajetória profissional dele. Talvez apenas superada pela dedicação ainda mais apaixonada na defesa da educação pública.

Entre 1974 e 1979, foi professor do “Colégio Cristo Redentor” e dos “Cursos 2001”, “PROTEC” e “CAVE”, todos em Juiz de Fora. Entre 1977 e 1979, Antonio também lecionou no Departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Em Brasília, entre os anos de 1980 e 1983, foi professor e coordenador do “Colégio Objetivo”. Em 1984, ao lado de outros renomados professores da capital, foi um dos fundadores do “Colégio Sigma”, onde, além de professor, foi também coordenador da cadeira de História e figura central da criação do projeto de orientação pedagógica do colégio. O Sigma tornou-se o mais importante estabelecimento de ensino da cidade de Brasília.

Na Universidade de Brasília (UnB) foi professor do Departamento de História por mais de três décadas (1986-2019). Entre as principais disciplinas que lecionou, destacam-se: “História Contemporânea”, “História do Extremo Oriente” e “História Social e Política Geral”. Foi o fundador e primeiro presidente da “Associação Nacional de História” (ANPUH-DF), em 1987. À época, conjuntura da redemocratização do Brasil e reconstrução de autonomia das universidades, a então “Associação Nacional dos Pesquisadores Universitários de História” (ANPUH) não tinha sua filial na capital, Brasília.

Na mesma instituição, UnB, tornou-se Mestre e Doutor em História, na área de concentração intitulada “História das Relações Internacionais”. A Dissertação do Mestrado, defendida em 1989, teve o seguinte título: "O Brasil e a questão Cubana - Punta Del Este (1962)". Com a pesquisa "O Parlamento e a Política Externa Brasileira (1961 - 1967)”, a Tese de Doutorado foi concluída no ano de 2000.

5. O Gestor Educacional:

Radicado em Brasília definitivamente a partir de 1980, além da prática docente, Antonio J. Barbosa também manteve atividades de assessoria técnica em âmbitos Federal – Ministério da Educação (MEC) – e Distrital – Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE).

No governo do presidente Itamar Franco, nos anos de 1992 e 1993, foi nomeado Secretário Executivo do Ministério da Educação. Por várias ocasiões exerceu o cargo de Ministro de Estado, substituindo, interinamente, Murílio Hingel. A “Escola Municipal Antonio Barbosa Neto” foi fundada nesse momento. Aliás, por ocasião da inauguração da escola, o próprio Ministro Hingel esteve presente em Guidoval.

Posteriormente, Antonio assessorou a Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, no mandato do Governador Itamar Franco (1999 – 2002). Em seguida, atuou por um curto período como Secretário de Educação Básica do Ministério da Educação durante o primeiro ano do mandado do Presidente Lula, em 2003, quando Cristovam Buarque era o titular da pasta.

6. O Consultor Parlamentar:

Em 1988, aprovado em concurso público, tornou-se Consultor Legislativo do Senado Federal. Nesse espaço do Parlamento, durante as três décadas seguintes, Antonio J. Barbosa foi um dos protagonistas do processo de fundação da Universidade do Legislativo (UNILEGIS), bem como foi dos mais importantes colaboradores da criação dos canais de comunicação do Poder Legislativo, a Rádio e a TV Senado, por exemplo. Foram inúmeros os documentários, os artigos, os programas, enfim, os projetos que contribuíram para aproximar as atividades legislativas à opinião pública.























































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