Zé do Fio - Barão (07 – Causos do Sapé)
Figura popular, folclórica, o
Barão viveu sabiamente a vida.
Bon vivant, deixava para amanhã o
que se podia fazer hoje.
Parecia até baiano, em que a
semana tem oito dias, segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, domingo e
amanhã.
Cantava, voz tonitruante:
"De manhã me faz a barba / A
tarde me dá beijinho/ Engoma meu terno branco/ E eu saio bem bonitinho".
Ou então:
"Esta me dava de tudo/ Me
dava meia, sapato/ Terno de Casimira e Camisa de Veludo".
A sua frase filosófica mais
marcante foi "A vida esta no sentir".
Certa vez, apanharam-no
distraído, às margens do Chopotó, perto da Cachoeira, vara de pescar à mão.
Querendo ironizá-lo,
instigaram-no:
- Barão, como é que você quer
pescar com o anzol fora d’água?
- Quem disse, prezado, que eu
estou pescando? Estou apenas conversando com a natureza.
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