Muito embora tenha na época pertencido à comunidade como "Tarcisinhos" e posteriormente da Congregação das Filhas de Maria, até uma de suas presidentes, me recordo bem das noites de novenas, das Procissões, principalmente de Santa Teresinha, quando muito compenetrada, vestida como a Santa percorria as ruas algumas vezes debaixo de chuvas, até me lembro
agora, da ventania que levantava nossos véus.
Também me recordo das festividades, novenas dos leilões quando Zezinho arrematava bolos, frango já assado e levávamos para casa. Era aquela festa. E a festa de São Sebastião, sempre tinha prendas valiosas que eram leiloadas.
O mês de maio era aguardado com ansiedade pela solenidade das coroações à NOSSA SENHORA. Pela banda tocando na procissão que conduzia a coroadeira e todo um séquito de anjinhos de sua casa até á Igreja.
Ah! Como eram deliciosos os doces que recebíamos em cartuchinhos artisticamente confeccionados. E que deslumbramento para nós a criançada ver aquele chuveirinho luminosos dos fogos de artifício, cuidadosamente preparados pelo Zé Fogueteiro.
E as madrugadas quando ainda sonolentos subíamos na janela do quarto da Vovó para ver a banda passar. O badalar do sino anunciando o horário das missas, o ANGELUS, que mamãe nunca se esquecia de lembrar-nos da oração, mesmo se estivéssemos no mais animado jogo de amarelinha.
O que mais me marcou e sempre estou recordando são os muitos dos puxões de orelha que mamãe levou como presidente do Apostolado da Oração, por algumas vezes contrariar não totalmente princípios mas, ordens, decisões que nada mais eram que posicionamentos pessoais fruto de uma religiosidade que tinha como PAI, não um DEUS MISERICORDIOSO, e que Pe. Oscar com seu grande amor e zelo para com seus paroquianos seguia à risca, e qualquer deslize por menor que fosse, era pecado, não poderia receber a comunhão.
Um deles foi minha participação numa noite de Carnaval com a companhia de Emi, a filha de D. Daria e Snr,Agostinho (o farmacêutico, nosso vizinho).
Outra, foi conversar e aceitar fazer o vestido de uma das novas residentes da cidade. Na época em que foi aberta a casa lá da Rua do Alto, para acolher as chamadas moças de vida fácil, mas que não levavam vida nada fácil.
Vejo agora, que tenho ainda muito a recordar do nosso Sapé de Ubá, da vida de nossa família como Paroquianos de Sant’Ana, até das visitas do Vovô Amadeu, do Tio Afonso depois das missas.
Da participação ativa dos Tios Antenor, Horácio, Henrique na vida da Paróquia, nos leilões.
Me recordo com carinho das Tias Hortência, Neném, Corina, Tia Turca (a quem devo minha continuidade nos estudos) e da Tia Olga (que sempre me prestigiou) e Tia Maria, que sempre admirei como fiéis devotas do SAGRADO CORAÇAO DE JESUS, que tinham nossa mãe como Zeladora.