terça-feira, 3 de novembro de 2009

Depoimento sobre o Sr. Antonio Barbosa Neto


escrito por Plinio Augusto de Meireles

Sr. Antonio Barbosa Neto,


Em todas as atividades que exerceu na sua vida, foi realmente um poeta. Sempre alegre e com uma palavra engraçada para crianças e adultos. Me lembro dele desde tenra infância, quando ele estava inaugurando uma loja de brinquedos às vésperas de um Natal.

Não me lembro o ano, mas me lembro da alegria que vislumbrava ao imaginar que naquele natal eu ganharia um daqueles brinquedos.

De outra feita, em outra loja de mercadorias variadas, em época chuvosa, ele encontrou de deu de presente para mim, para o meu irmão Aulo, seu filho Túlio e, salvo engano, também o Márcio, umas botas de meio salto e cano alto (até às canelas) a que se chamava "borzeguins". Com elas saíamos felizes amassando o barro nas ruas, debaixo da chuva que caía.

O Seu Antonio também teve um "Carro de Praça", salvo engano, um Chevrolet ano 1929, com rodas de raios de madeira e um bagajeiro na parte externa trazeira; apenas uma grade de ferro sem cobertura. Somente suportava a mala amarrada, que ficava toda empoeirada ao final da viagem, ou enlameada, se em época chuvosa.

Nesse carro ele levava a minha família a Dores do Turvo, na casa do meu avô Achiles, a quem ele chamava carinhosamente "Sô Axile". Foi grande amigo desse meu avô, e quando nos levava, também ficava por lá por uns dez a quinze dias, às vezes por ocasião do Jubileu de Nossa Senhora das Dores.

Também me lembro de certa vez nos levar a Urucânia para receber a bênção de Nossa Senhora das Graças, da medalha milagrosa, benção essa proferida pelo Padre Antonio Pinto, pároco daquela localidade e considerado um santo homem.

Nessa viagem também foi conosco o Sr. Rubens dentista que ainda morava em Guidoval.

Também me lembro do Seu Antonio Barbosa na sua estadia em Belo Horizonte, quando frequentou um curso preparatório para em seguida se submeter a um concurso que lhe propiciaria um cargo na Coletoria Federal de Guidoval.

Nessa época eu já morava em Belo Horizonte e pude constatar o seu empenho e dedicação que culminou com o sucesso da sua aprovação.

Depois disso sempre o encontrava quando estava em Guidoval em época de férias e conversava com ele, sempre alegre e com uma piada ou uma lorota engraçada para nos contar.

Foi um lutador pertinaz que batalhou e tudo fez para que seus filhos alcançassem o sucesso e conceito de que hoje desfrutam.

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