Ricardo
Eugênio Boechat
A minha rotina, de segunda à sexta-feira,
é ser despertado às 07:30 hs, através do
meu rádio relógio sintonizado na Rádio BandNews
FM de Belo Horizonte, no dial 89,5. Na maioria das vezes, eu era
acordado pela voz do Âncora Ricardo
Boechat comandante do noticiário.
Abria o programa fazendo um editorial
sempre reverenciando os principais fatos do momento. Por volta das 08:30 hs
conversava com a jornalista Mônica Bergamo."
O ponto descontraído da programação
ocorria, em torno das 08:50 hs, quando papeava com o Zé Simão. E os dois desopilavam os seus fígados e o meu. Tudo era
motivo para uma boa piada, uma ironia ou zombarias, tanto à esquerda, quanto à
direita, sem viés ideológico. Os maus humorados de plantão, que não são poucos,
poderiam achar, nestes diálogos, que eles eram antipetistas; outros, ao
contrário, deveriam identificá-los como petistas de carteirinha. Eu, apenas
sempre achei que os dois, Boechat e Zé Simão, cidadãos de bem com a vida.
Críticos do cotidiano.
O Milton Neves vinha a seguir falar de
futebol. Boechat, flamenguista na
juventude, declarava-se agora um torcedor do América Mineiro.
Tinha também os comentários econômicos discutidos
com o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros.
Eu saía para as minhas caminhadas
matinais carregando o meu iPod ouvindo o noticiário. Não queria perder nenhum
detalhe.
À noite, acompanhava o Boechat ancorando o notíciário da TV Band e aos domingos, à meia-noite,
assistia o Canal Livre.
Por vezes discordava da sua opinião, mas
o bom senso me dizia “ele deve estar com
a razão, pois tem mais informação do que eu”.
Por merecimento ganhou três prêmios Esso, e é recordista de
vitórias no Prêmio Comunique-se,
sendo o único a ganhar em três categorias diferentes (Âncora de Rádio,
Colunista de Notícia e Âncora de TV).
Senti a morte do Boechat como a de um parente, de um amigo próximo e querido. Que DEUS
o tenha! À Família, os meus sentimentos e a minha solidariedade.
BOECHAT
VAI FAZER MUITA FALTA.
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