BODAS DE
ESMERALDA /RUBI
No dia 19/01/1972, portanto há 46 anos, a Marta Ribeiral
me convidou para o seu aniversário que seria comemorado em Cataguases, onde ela
residia à época.
Infelizmente não pude ir. Neste exato dia eu tive que ir ao
Colégio Agrícola de Rio Pomba pegar
um atestado confirmando que eu havia terminado o Curso de Técnico Agrícola.
Necessitava deste documento, pois no dia seguinte,
cedinho, parti para Belo Horizonte em busca de trabalho. E como ainda não
estava registrado o diploma, eu precisava de pelo menos uma “declaração escrita” do Colégio para que
eu pudesse me apresentar às empresas como o IBC, ACAR (hoje EMATER), Itambé,
CAMIG, etc...
Mas prometi à Marta que no próximo ano eu iria no seu
aniversário, estivesse onde eu estivesse, eu comparecia aos festejos da sua
data natalícia.
Mundo girou, uns 366 dias, pois 1972 era bissexto. E no
dia 19 de janeiro de 1973 eu estava trabalhando na CEMIG na cidade de São João del Rei. Fui contratado em 09/08/1972
para executar serviços na área de eletricicação rural.
E como promessa é para ser cumprida, pedi ao meu chefe
para me dispensar na parte da tarde, de uma sexta-feira, para honrar o compromisso
firmado.
Uma epopéia. Tive que pegar um ônibus de São João del Rei
a Juiz de Fora. Depois outro para Leopoldina. E como não tinha mais horários de
ônibus para Cataguases, peguei um táxi que me deixou na residência do casal Roberto
da Cunha Benini e Marta Ribeiral por volta das 21 horas.
A festa estava animada. Marta, a anfitriã, recebeu-me com
o seu sorriso cativante e disse “sabia
que você tinha voz, agora sei que tem palavra”. Ela já contava que eu não iria
aparecer no seu aniversário.
Foram gratos momentos, reencontrando com o amiguirmão
José Maria de Matos, a saudosa Dona Lourdes Ribeiral e os filhos Olga, Meire,
Alexandre e Lourdes.
Presentes o casal Consolação Magalhães e Sebastião Mendes
de Carvalho, músico criativo, que na falta do seu trombone ou acordeon, fez-se
ritmista, usando uma tampinha de garrafa sob a sola de seu sapato, tirando sons
imitando um afoxé, acompanhando-me ao violão.
Marília, amiga da Marta, cantava desinibida “o gato preto cruzou a estrada” sucesso
do momento na voz de Ney Matogrosso do “Secos
& Molhados”.
E o mundo foi girando. Seis anos depois, no dia 19/01/1979
casei-me com a Lourdes. A irmã Marta e o então marido Roberto foram testemunhas
num cerimônia simples realizada na residência da Matriarca Dona Maria de
Lourdes Magalhães Ribeiral, uma segunda mãe em minha vida.
O tabelião que dirigiu a solenidade, vestindo uma faixa
presidencial, atravessada sobre o peito, exigiu-me que eu usasse um paletó.
Como o único que eu tinha, estava na república em que eu morava, fazia parte do
terno que seria usado no dia seguinte no Sacramento do Matrimônio, fiz uso do
paletó emprestado pelo Roberto Benini.
E hoje, casamento civil, amanhã casamento religioso
completam 40 anos.
Dizem que é Bodas
de Esmeralda, outros alegam Bodas de
Rubi. Só sei que tive muita sorte em minha núpcias com a namorada, amiga, companheira
e amante Maria de Lourdes Ribeiral Vieira que ainda me presenteou com a querida
filha Thaís Ribeiral Vieira Condessa.
Ô SORTE!!!
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