terça-feira, 25 de outubro de 2016

Odilon dos Reis (Centenário de Nascimento)


Odilon dos Reis

            Odilon dos Reis nasceu no dia 25 de outubro de 1916, no antigo Sapé de Ubá, hoje Guidoval. Os seus pais Camilo Marcos dos Reis e Etelvina Cesária Reis moravam, à época, na Praça do Mercado, que já foi chamada de Praça Getúlio Vargas, hoje denominada Praça Três Irmãos.
            Ainda criança teve poliomielite que lhe afetou uma das pernas, mas não foi o suficiente para que tivesse uma infância saudável participando das brincadeiras e peraltices próprias da idade, destacando-se na natação no Rio Chopotó.
            Inteligente e vivaz, muito cedo aprendeu música, tornando-se um instrumentista habilidoso tanto em instrumento de sopro, em especial o trombone;  como em instrumentos de cordas. com destaque para o violino e o violão.
            Artesão e perfeccionista, ainda jovem aprendeu a profissão de alfaiate exercendo-a de 1932 a 1949 quando entrou para o serviço público estadual, aposentando-se em 1981 por tempo de serviço.
            Em 22 de abril de 1939 casou-e com Nelcina Efigênia Reis e tiveram duas filhas: Ione e Terezinha
            Quando em 1953 começou a funcionar o Ginásio Guido Marlière, Odilon dos Reis tornou-se o primeiro professor de Canto Orfeônico da instituição.
            É um dos fundadores, em 1936, da famosa Banda "Jazz Sapeense" que alegrou bailes e festividades, do município, na décadas de 30, 40 e 50. Tocou violino em cinema mudo o teatros.
            Com uma boa voz de barítono participou do Coro da Igreja Matriz de Santana. Sonorizou, com seu violino, inúmeros casamentos.  
            De 1960 a 1983 integrou o coral "Madrigal Ubaensefundado e dirigido pelo Maestro Marum Alexander.
            Nos anos 80, residindo na cidade de Ubá,  participou  do Coro da Igreja São Januário tocando violino junto com a pianista D. Chiquinha Dias Paes e outros.
            Era compositor e arranjador. Fez uma música interessante em homenagem ao Mundico (Raimundo Nonato de Faria).
            Em Guidoval, fez parte da diretoria do Cruzeiro Futebol Clube", ao qual nutria paixão.
            Enriqueceu o livro "Saudade Sapeense", publicado em 1982, escrevendo o "Soneto para o Dé".
            Escritor nato, dono de uma linda caligrafia, culto, autodidata, escreveu sonetos, poesias, textos, gostava muito de acrósticos e nos deixou alguns deles, assim revela a sua Jane. Que ainda acrescenta: Tinha o dom da palavra, era eloquente, o talento para discursar era inconfundível e em várias ocasiões, recorriam a ele para emprestar seu dom.
            Sua casa era constantemente palco de reuniões de vários amigos, músicos como ele, de Guidoval e  os que residiam fora, mas em datas festivas, era palco de  saraus, noites regadas à boa música e os deliciosos licores da sua esposa D. Efigeninha.
            Para a família e amigos, o conselheiro, o esposo dedicado, o  pai amoroso, o avô doce e firme, inigualável e inesquecível. Ensinamentos de justiça, honestidade, lisura, decência, são legados que deixou para suas filhas e netos e que  tentamos transmitir para seus  bisnetos, os quais não tiveram a alegria de conhecê-lo.
            Faleceu, aos 69 anos, em 18/11/1984, deixando uma lacuna imensurável no cenário esportivo-lítero-musical da nossa cidade de Guidoval.







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